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Preço do gás de cozinha deve cair, diz diretor da ANP

Por Agencia Estado
Atualização:

O embaixador Sebastião do Rêgo Barros, diretor geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse hoje que "acredita fielmente" na queda no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, no próximo ano. Em uma rápida participação na abertura da Conferência Internacional "Brasil na Arquitetura Comercial Global", o embaixador salientou que queda no valor do dólar nos últimos dias é um "claro sinalizador" desta tendência de queda no preço. Rêgo Barros lembrou, entretanto, que o Brasil ainda é "extremamente dependente" da importação de GLP para atender à demanda interna. "Pelo menos 30% do GLP consumido no País é importado e não há indicações de que esta proporção caia razoavelmente nos próximos anos, porque o Brasil ainda possui produção de gás exclusivamente associada à produção de petróleo. Isso faz com que o aumento na produção fique diretamente atrelado às novas descobertas que venham a ser feitas nos próximos anos pela Petrobras e pela iniciativa privada". O diretor geral da ANP voltou a ressaltar em entrevista coletiva a necessidade de o Brasil investir nos próximos anos na área de refino para evitar ficar tão dependente de importações de demais derivados, quanto é hoje no segmento de GLP. "Hoje importa em média 15% de derivados para atender sua demanda, mas até 2005, quando o país deverá alcançar sua autosuficiência, não teremos condições de processar o petróleo bruto internamente e teremos de importar 30% em média, o que não é estrategicamente favorável para o País", afirmou. Petróleo deve atingir 6% do PIB Segundo o embaixador Sebastião do Rêgo Barros, o setor de petróleo deve atingir este ano 6% do PIB nacional, sem considerar a desvalorização cambial, que favorece maior valorização do petróleo e dos seus derivados. "Se considerarmos a desvalorização cambial este percentual ultrapassa e muito esta estimativa", afirmou. Segundo ele, a estimativa é baseada em "Estudos confiáveis que vêm sendo feitos pela ANP no acompanhamento do mercado desde sua abertura em 1998. Naquela época, segundo ele, a participação do setor de petróleo no PIB brasileiro era de 2,7% e atingiu a 5,4% em 2000. O crescimento é atribuído pelo embaixador aos investimentos feitos na área de exploração e produção, principalmente da Petrobras na exploração de petróleo. "Acreditamos que com a licitação dos blocos nas quatro rodadas da ANP os investimentos de empresas estrangeiras na exploração deva aumentar consideravelmente nos próximos anos", disse. Segundo dados da ANP, a participação do setor de exploração e produção em todo o setor de petróleo nacional era de menos de 20% na época da abertura do mercado e hoje supera a 40% do volume movimentado. Para estimular esses novos investimentos, o embaixador salientou que cabe ao próximo governo "garantir regime fiscal regulatório competitivo com os países que também oferecem oportunidades de exploração e produção em águas profundas".

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