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Preço do petróleo cria nervosismo no mercado

Bovespa fechou o dia em queda de 1,50%, acompanhando a Nasdaq (- 2,76%) e a Dow Jones (- 0,47%). Dólar teve alta de 0,28%. Juros subiram de 20,12% para 20,25%.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,50%. O mercado acionário no Brasil foi influenciado pelo resultado negativo das bolsas norte-americanas e pelo pessimismo do mercado, gerados pela pressão no preço do petróleo. A Nasdaq - bolsa dos Estados Unidos que negocia ações de empresas do setor de tecnologia - fechou na mínima do dia, queda de 2,76%. O índice Dow Jones, principal indicador da bolsa de valores de Nova Iorque, também fechou no pior resultado do dia, queda de 0,47%. O mercado mantém a cautela e tem dúvidas sobre a desaceleração da economia norte-americana. Os bons números da semana passada já foram absorvidos. Agora os investidores aguardam os indicadores que serão divulgados nos próximos dias. A inflação ao consumidor (CPI) sai na quarta-feira. O preço do petróleo também é motivo de preocupação. Alguns analistas acreditam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deve elevar o nível de produção do óleo, na próxima reunião, marcada para o dia 21. Porém, a Argélia já adiantou hoje que só na reunião de setembro a produção será elevada. Hoje foi divulgado o volume de negócios na Bovespa no mês de maio. O resultado revela que a instabilidade externa tem retraído os negócios na Bolsa. O volume verificado no período - US$ 8 bilhões - representa uma média diária de US$ 364 milhões, significando um volume 21,5% inferior à média obtida em abril. Com as incertezas no mercado internacional, o investidor prefere aplicar em ativos mais seguros, como os títulos prefixados emitidos pelo governo norte-americano. Hoje foi registrado o terceiro pior volume financeiro do ano - R$ 343 milhões. Mercado de juros e câmbio registram altas O mercado de juros também foi influenciado pela instabilidade criada pela pressão no preço do barril do petróleo. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) está cada vez mais dependente do que vai acontecer com a cotação do óleo, além de uma definição dos juros norte-americanos. Como o Copom vai se reunir antes das datas da reunião da Opep, 21 de junho, e da reunião do banco central norte-americano (FED), 27 e 28 de junho, é bem provável que o Copom não mexa nas taxas. Se optar pelo conservadorismo, o Copom pode definir apenas a tendência, indicando um viés de baixa, e aguardar as duas decisões para definir com segurança a nova taxa de juros básica no Brasil. Amanhã, o Tesouro Nacional leiloa títulos prefixados de seis meses. De acordo com reportagem da editora Lucinda Pinto, os operadores acreditam que o leilão de amanhã terá demanda e taxas "aceitáveis" pelo Tesouro. O secretário do Tesouro Nacional, Fábio Barbosa, afirmou à Agência Estado que a expectativa é positiva para a retomada da oferta de papéis prefixados. Porém, a apreensão registrada hoje pode influenciar o resultado do leilão amanhã. O swap prefixado de um ano fechou pagando juros de 20,25% ao ano para uma base de 252 dias úteis. Na sexta-feira, título com a mesma base de comparação, pagou 20,12% ao ano. O mercado de câmbio oscilou pouco durante o dia e realizou poucos negócios. De acordo com os últimos negócios do dia, o dólar fechou com ligeira alta de 0,28%, cotado em R$ 1,8070.

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