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Preço não afastou empresas do leilão, diz Guerreiro

Segundo o presidente da Anatel, Renato Guerreiro, a ausência de grupos internacionais na disputa pelas licenças do SMP está ligada a uma visão estratégica das companhias.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Renato Guerreiro, disse não acreditar que os preços mínimos estabelecidos pelas licenças do SMP tenham sido os responsáveis pelo fraco interesse pela exploração do serviço. "A questão do preço não foi forte o suficiente para afugentar os grupos", disse. Segundo ele, a ausência de grupos internacionais na disputa está ligada a uma visão estratégica das comapanhias. Essa movimentação dos grupos no mercado internacional ocorreu após a divulgação dos preços mínimos das licenças. Guerreiro citou como exemplo a Vodafone que, segundo ele, cogitava participar do leilão até a véspera da data para entrega de propostas. Até hoje não houve comunicação formal da companhia sobre as razões que a levaram a desistir da disputa. Ele disse que se o mercado brasileiro não fosse atrativo as empresas não teriam participado dos road-shows realizados pela Anatel em Londres e Nova York. Impedimentos - Guerreiro disse que, na hipótese da Serramby estar impedida de participar do leilão da Banda C, a Anatel poderá convocar uma sessão pública antes da data do leilão para a devolução do envelope com a proposta. "Não faria sentido fazer a sessão na bolsa", comentou Guerreiro. Pelas regras do edital, a comissão de licitação começa a avaliar a partir de hoje os documentos de identificação das sete empresas que apresentaram propostas para concorrer às licenças do Serviço Móvel Pessoal (SMP) nas bandas C, D e E. Ainda segundo as regras, a comissão de licitação se reúne no Rio de Janeiro na segunda-feira para redigir uma ata que deve ser lida na abertura da sessão de abertura de leilão das licenças. Um dos impedimentos que poderia ser considerado pela comissão é a participação da Serramby com mais de 20% na composição acionária das concessionárias de telefonia fixa, suas controladoras, controladas ou coligadas. Caso se confirme a eventual impossibilidade de participação da empresa, a Anatel encerrará a licitação na Banda C declarando ausência de proponente. Segundo Guerreiro, nessa hipótese, continuam confirmados para os dias 20 de fevereiro e 13 de março os leilões das licenças nas bandas D e E, respectivamente. Fica também mantida a data de 1º de janeiro de 2002 para a entrada em operação das empresas que ganharem as licenças nas bandas D e E.

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