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Preços ao produtor desaceleram pela primeira vez desde fevereiro

Indicador registrou aumento de preços de 1,13% em junho, mostra IBGE

Por Fernanda Nunes e da Agência Estado
Atualização:

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou em junho (1,13%) a primeira desaceleração desde fevereiro (-0,42%), revertendo uma trajetória de alta de preços, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPP mede a evolução dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.

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"Alguns setores estão aumentando o preço. Mas o aumento é um pouco menor do que em meses anteriores. É o caso do setor químico. De forma geral, a desaceleração da alta de preços é o que vai influenciar todo o IPP. Não sei dizer se é uma questão de demanda, mas é fato que a produção está caindo", afirmou o gerente do IPP, Alexandre Brandão.

No caso do setor de alimentos, pesou na desaceleração a oferta de carne bovina superior à demanda. Em outros químicos, foi registrada uma oferta superior de polipropilenos, cujos preços no mercado internacional estão começando a cair, fruto da queda do preço do insumo, a nafta, e da queda do consumo de embalagens, que utiliza o polipropileno como matéria-prima. Já o grupo de veículos apresentou mais altas de preços do que queda, por causa da retomada de preços após um período de promoções para estimular o consumo.

Os setores de alimentos, outros produtos químicos e veículos são os de maior participação na composição do IPP, com 19,62%, 11% e 11,45%, respectivamente.

Alta em 22 atividades

Apesar de o índice geral ter constatado desaceleração, quando se olha para cada atividade que compõe o indicador nota-se que 22 delas (são 23 no total) apresentaram alta em junho. Em maio, haviam sido 19 atividades.

No período, as quatro principais variações positivas de preços partiram de alimentos (2,32%), bebidas (2,28%), papel e celulose (2,06%) e móveis (2,04%).  

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Os itens que mais influenciaram na alta do IPP foram alimentos (0,45 ponto porcentual), outros produtos químicos (0,17), veículos automotores (0,08) e papel e celulose (0,07).

No acumulado do ano, o IPP avança 4,53. Os preços de alimentos acumulam alta de 8,82%; na comparação com junho de 2011, a alta foi de 17,5%, a maior desde janeiro de 2011 (19,85%).

As principais variações positivas no semestre partiram também de alimentos (1,66 ponto porcentual), outros produtos químicos (0,69), papel e celulose (0,30) e refino de petróleo e produtos de álcool (0,26).

Desaceleração

Em junho, o IPP

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