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Preços de alimentos avançam e forçam alta do IPCA em novembro

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Por Redação
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A inflação no país acelerou mais que o esperado em novembro, mais uma vez refletindo o efeito do aumento dos custos com alimentação sobre os índices de preços neste ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado como a "inflação oficial" do país, registrou uma alta de 0,38 por cento em novembro, seguindo o avanço de 0,30 por cento de outubro, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação ficou acima do teto das projeções de economistas consultados pela Reuters. A mediana das 40 estimativas coletadas indicava um avanço de 0,30 por cento para o IPCA em novembro. Os prognósticos oscilaram de 0,22 por cento a 0,35 por cento. "O principal responsável pela alta do IPCA, na passagem de outubro para novembro, foi o grupo Alimentação e bebidas, que variou 0,73 por cento", informou o IBGE em comunicado. Dentro do grupo, destaque para o preço das carnes, que avançou 5,71 por cento no mês passado. O IPCA é utilizado pelo governo para balizar a política de metas de inflação. A meta deste ano é de 4,5 por cento, com margem de variação de dois pontos percentuais. De janeiro a novembro, o indicador acumula alta de 3,69 por cento. Nos últimos 12 meses, a elevação é de 4,19 por cento. O aumento das pressões inflacionárias é uma das preocupações do Banco Central que justificaram a suspensão do ciclo de cortes da taxa básica de juro do país. Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu manter, pela segunda vez, a taxa Selic em 11,25 por cento. (Por Rodrigo Viga Gaier)

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