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Preços de alimentos podem subir com paralisação, diz ministro

Blairo Maggi também voltou a destacar que a greve dos caminhoneiros vai ter efeitos sobre o Produto Interno Bruto (PIB)

Por Leticia Pakulski
Atualização:

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse a jornalistas que a paralisação dos caminhoneiros deve provocar um aumento nos preços dos alimentos. "São cargas que deixaram de andar e outras que foram perdidas; inicialmente vai ter um aumento nos preços dos alimentos. É uma situação muito complicada que merece toda a atenção por parte do governo e daqueles que fazem parte dessa cadeia". Nesta quarta-feira, 30, Maggi participa do Fórum Investimentos Brasil 2018, em São Paulo.

Ao falar sobre o PIB, Maggi destacou a contribuição da colheita de soja para o resultado do primeiro trimestre. Foto: André Dusek / Estadão

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O ministro voltou a destacar o que já havia adiantado ao Estadão/Broadcast mais cedo: que a greve dos caminhoneiros, que entra nesta quarta-feira no décimo dia, vai ter efeitos sobre o Produto Interno Bruto (PIB). "Eu acho bastante preocupante, a gente não tem ainda o tamanho dessa queda, mas certamente será refletido no PIB do segundo trimestre. Além disso, vamos ter um recuo no valor das empresas: os estoques deles, que eram os animais vivos, perderam valor, então vamos ter que acompanhar junto com as cooperativas e as empresas, porque isso é feito por pequenos produtores no Brasil inteiro", disse. Segundo ele, o governo e o Ministério da Agricultura terão de observar "onde que temos que ajudar para que esse setor não padeça".

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Ainda do sobre o PIB, Maggi destacou a contribuição da colheita de soja para o resultado do primeiro trimestre, tanto por causa do volume colhido quanto pela reação nos preços. "O setor agrícola está sempre contribuindo para a economia brasileira e nesse primeiro trimestre a gente trabalha a safra de grãos, principalmente de soja, que foi bem grande. O Brasil vai no caminho de liderar a produção mundial de soja", assinalou.

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"Nós já tivemos uma safra muito grande no ano passado e conseguimos repetir o volume colhido. Os preços finais da soja e de outros produtos agrícolas subiram com a desvalorização do real e também do mercado internacional, com a queda de produção da Argentina, um grande competidor nosso."

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