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Preços do varejo têm queda mais espressiva desde 2002

Segundo a Fecomercio, em junho os produtos ficaram 0,63% mais baratos, ante queda de 0,39% de maio

Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) informou nesta quarta-feira que os preços no comércio varejista apresentaram deflação de 0,63% em junho, ante uma queda de 0,39% em maio, na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com a entidade, a baixa, medida por meio do Índice de Preços no Varejo (IPV), foi a mais expressiva desde o início da série, em janeiro de 2002. No primeiro semestre de 2006, o indicador acumulou deflação de 1%, na comparação com o mesmo período de 2005. De acordo com a Fecomercio-SP, a terceira deflação mensal consecutiva no varejo foi provocada, principalmente, pelo grupo Feiras, que apresentou baixa de 5,29%. A entidade destacou que as condições climáticas favoráveis possibilitaram uma boa safra agrícola, que resultou em preços mais comedidos, uma vez que este segmento é formado principalmente por produtos in natura. O principal destaque deste grupo ficou por conta das verduras, que tiveram deflação de 11,61%, seguidas pelos legumes (-7,85%) e tubérculos (-4,25%). Segundo a entidade, o comportamento dos preços dos produtos in natura influenciou também o grupo Supermercados, que, em junho, registrou queda de 1,39% nos preços. Também apresentaram deflação os seguintes grupos: Combustíveis e Lubrificantes (-1,47%), Eletroeletrônicos (-1,65%), Brinquedos (-1,21%), Autopeças e Acessórios (-0,72%), Drogarias e Perfumarias (-0,26%), Açougues (-0,09%) e Óticas (-0,02%). Entre os grupos que apresentaram variação de preços positiva em junho, o de Veículos, com 0,21%, e o de Vestuário, Tecidos e Calçados, com 0,37%, foram os destaques, influenciados, respectivamente, pelo aquecimento das vendas de automóveis e pela chegada do inverno. Outros grupos que tiveram elevação no período foram: Floriculturas (2,09%), Relojoarias (2,07%), Padarias (0,78%), Livraria (0,50%) e Material de Escritório e outros (0,48%), Material de Construção (0,47%), Jornais e Revistas (0,30%), CDs (0,15%) e Móveis e Decorações (0,10%). Na avaliação da Fecomercio-SP, a manutenção do dólar em patamares baixos, aliada à "amenização da problemática", enfrentada pelos combustíveis, principalmente o álcool, e a uma safra agrícola "aparentemente sem problemas climáticos", indicam que o IPV não deverá sofrer pressões significativas nos próximos meses.

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