O Sindicato das Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP) está preocupado com a crise de energia e com possíveis repasses no preço dos materiais de construção. De acordo com o presidente do Sinduscon-SP, Artur Quaresma Filho, cimento, vidro e aço, por exemplo, são produtos que têm uma total dependência da energia elétrica e, por isso, as indústrias que os fabricam podem ser prejudicadas com eventuais apagões ou racionamentos bruscos de eletricidade, elevando o custo final. Para o superintendente da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), Lucien Belmonte, as fabricantes de vidro estão aguardando a determinação do governo federal para saber como será feito o racionamento para só então negociar diretamente com as concessionárias de energia a solução mais viável para não ter de desligar os fornos, que funcionam 24 horas por dia, ininterruptamente. Belmonte não acredita em aumento nos preços dos quatro principais materiais fabricados para a construção civil: lã de vidro, tijolo de vidro, fibra de vidro e vidro plano. "Os quatro produtos podem ser importados e, portanto, a elevação de preços, faria com que imediatamente o mercado abandonasse os fabricantes nacionais", comentou o superintendente. Vale lembrar que, com o dólar em alta, também os produtos importados podem sofrer aumento de preços.