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Preços em São Paulo têm recuo leve na terceira semana

De 7 capitais pesquisadas, IPC-S desacelerou também no Rio e BH; menor reajuste em Transportes causou queda, mas cresceu em Alimentação e Cursos formais

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação na cidade de São Paulo perdeu força, no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S). Segundo informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços na cidade subiram 0,89% no indicador de até 22 de janeiro, ante alta de 0,93% apurada no IPC-S anterior, de até 15 de janeiro. A FGV anunciou nesta quarta os resultados regionais de inflação das sete capitais usadas para cálculo do IPC-S de até 22 de janeiro, cuja taxa completa foi anunciada na terça-feira (0,82%). A cidade de São Paulo é a de maior peso na formação do indicador. O recuo da inflação medida pelo IPC-S em São Paulo ocorreu por causa do menor ritmo de reajustes no grupo de transportes, segundo explicou o coordenador de índices de preços ao consumidor da FGV, André Braz. Segundo ele, houve um "jogo de forças" na inflação da última semana em São Paulo, "com transportes puxando o índice para baixo e os alimentos para cima". Braz observou que até o final de janeiro haverá influência do reajuste ocorrido em dezembro nos itens do grupo transportes em São Paulo, mas em persistente desaceleração. Este grupo registrou alta de 1,95% na semana até 22 de janeiro, ante 3,23% na semana de até 15 de janeiro e o recuo só não foi mais forte por causa das pressões do álcool e da gasolina. Braz destacou que os reajustes nos preços do álcool em São Paulo dispararam 8,32% na semana de 22 de janeiro, ante alta de 4,95% na semana de 15 de janeiro, enquanto a gasolina, que tem mistura de 23% de álcool na sua composição, acelerou a alta para 0,21%, ante 0,10% na semana anterior. No caso dos alimentos, a forte pressão dos produtos in natura (alta de 7,26%) levou o grupo alimentação a uma alta de 1,34% na semana de 22 de janeiro, ante 0,81% na semana anterior. Segundo Braz, apesar da alta nos alimentícios há vários itens desse grupo com "bom comportamento" como arroz, feijão e carnes. Outra pressão no IPC-S de São Paulo na semana de 22 de janeiro foi dada pelos cursos formais, que subiram 3,20%, ante 2,33% na semana anterior. Segundo Braz, esse item deverá acumular um reajuste entre 4,5% a 5,0% até o final de janeiro. São Paulo é a capital com maior peso no IPC-S. Nas demais capitais, segundo divulgou no início da manhã a FGV, os resultados do IPC-S de 22 de janeiro foram os seguintes: Belo Horizonte (0,52%), Rio de Janeiro (0,97%), Brasília (0,46%), Porto Alegre (0,40%), Recife (0,52%) e Salvador (0,87%). Segundo a FGV, das sete capitais pesquisadas, três registraram desaceleração de preços, na passagem do IPC-S de até 15 de janeiro para o índice de até 22 de janeiro. Além de São Paulo, é o caso de Belo Horizonte (de 0,63% para 0,52%); e Rio de Janeiro (de 1,07% para 0,97%). As outras cidades apresentaram aceleração de preços, no mesmo período, como Brasília (de 0,36% para 0,46%); Porto Alegre (de 0,28% para 0,40%); Recife (de 0,33% para 0,52%) e Salvador (de 0,70% para 0,87%).

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