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Preços no varejo paulistano sobem 0,16% em abril

Taxa, apurada pela Fecomercio-SP, é exatamente a metade da registrada março, quando teve alta de 0,32%

Por Flavio Leonel e da Agência Estado
Atualização:

Os preços no comércio varejista paulistano subiram 0,16% em abril, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira, 19, pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). A taxa apurada foi exatamente a metade da observada em março, quando o Índice de Preços no Varejo (IPV) apresentou alta de 0,32%. No primeiro quadrimestre de 2009, os preços acumulam variação de 0,07%. Nos 12 meses encerrados em abril, elevação de 4,06%.

 

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De acordo com a economista da Fecomercio-SP Júlia Ximenes, o IPV apresenta alta em menor proporção porque não há pressões significativas nos preços, principalmente no segmento alimentício, que tem maior peso no bolso do consumidor paulistano. Além deste detalhe importante, ela destacou que o número de setores pesquisados que apresentaram queda no levantamento da entidade aumentou, de sete para 11, entre março e abril.

 

Entre os setores que contêm a parte de alimentos, a Fecomercio-SP mencionou que, após três altas consecutivas causadas por instabilidades climáticas, o de Feiras teve queda de 2,68% em abril, com destaque para as variações verificadas em Verduras (-4,60%), Frutas (-3,53%), Legumes (-3,02%) e Aves (-2,05%). No ano, o setor acumulou ainda alta importante, de 9,72%, a maior entre os grupos pesquisados.

 

Outro setor que contou com declínio de preços em abril foi o de Açougues. Segundo a Fecomercio-SP, o recuo de 1,06% no mês foi motivado pela queda na demanda internacional por proteínas animais, em virtude da crise financeira, responsável também pela taxa acumulada negativa de 4,99% no ano. Entre os itens pesquisados, as Carnes Bovinas tiveram baixa de 1,32% e as Suínas, de 0,23%. "O setor de Açougues ainda deve ser influenciado pelo desempenho de proteínas animais com tendência de trajetória negativa, em virtude do desaquecimento do mercado internacional, e agravado pela gripe suína", disse Júlia Ximenes, em análise encaminhada à imprensa.

 

De acordo com a Fecomercio-SP, o setor de Supermercados, que também conta com uma grande quantidade de preços de alimentos, não seguiu o comportamento dos demais e apresentou a quarta elevação mensal consecutiva, acumulando taxa de 1,00% entre janeiro e abril. A variação em abril, de 0,11%, já foi, no entanto, menos expressiva que a de março, de 0,31%. No período, as altas de itens mais relevantes foram observadas em Tubérculos (12,06%), Ovos (8,34%), Leites (4,29%), Verduras (4,08%) e Adoçantes (3%). Em contrapartida, os Produtos In Natura começaram a ceder, com destaque para as quedas nos preços dos Legumes (-2,61%), dos Pescados (-3,72%) e da Frutas (-0,80%).

 

O setor de Padarias finalizou o mês de abril com alta de 3,07%, atingindo 4,12% no acumulado de 2009. De acordo com Júlia Ximenes, embora todos os itens deste grupo tenham mostrado preços mais elevados, a variação mais significativa não foi em alimentos, mas no item Outros Produtos, com alta de 13,34%, incluindo como maior destaque a alta no preço dos Cigarros (13,40%).

 

Entre os setores com alta mais importante para a composição do IPV de abril, a Fecomercio-SP citou que o de Drogarias e Perfumes chamou mais a atenção, com variação de 3,32%, puxada basicamente pelo reajuste recente nos preços dos remédios ainda em março. Já os preços dos setores de Eletrodomésticos (-0,91%) e Material de Construção (-0,53%) foram favorecidos pela redução o Imposto sobre Produtos Industrializado (IPI). A parte de linha branca, que inclui geladeiras, contou com decréscimo de 2,08% em abril.

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Quanto aos demais grupos pesquisados em abril, a Fecomercio-SP informou que o de Eletroeletrônicos apresentou queda de 1,07%; o de Combustíveis e Lubrificantes recuou 0,98%; Veículos (-0,06%); CDs (-0,99%); e Floriculturas (-0,63%). Ainda no campo das altas, o setor de Vestuário, Tecidos e Calçados registrou elevação de 0,32%; Brinquedos (1,11%); Óticas (0,98%); Relojoarias (0,63%); Materiais de Escritório e Outros (0,60%); e Autopeças e Acessórios (0,44%).

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