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Preços no varejo subiram 0,27% em agosto

Por Agencia Estado
Atualização:

Os preços no varejo da região metropolitana de São Paulo inverteram a queda de julho e registraram variação positiva em agosto. A alta foi de 0,27%, após retração de 1,10% no mês anterior. A elevação foi motivada pelo grupo de estabelecimentos que vendem bens duráveis e pelo comércio automotivo, de acordo com pesquisa mensal de preços da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. No primeiro grupo, cuja alta foi de 2,26%, a pressão veio dos móveis e artigos de decoração, que estão com novas coleções nas lojas. Além disso, a oferta é afetada pelo aquecimento das exportações, o que gera elevação de preços. No caso dos automóveis, o segmento de autopeças ainda vem encontrando espaço para remarcar, fazendo com que todo o grupo registrasse variação de 1,80%. No sentido contrário, os alimentos mantêm a trajetória de retração, após os saltos dos primeiros meses do ano. Mesmo assim, a queda em agosto foi menor do que em julho, 0,70% contra 0,92%. No conjunto dos não-duráveis (- 0,71%), no entanto, os produtos de limpeza e higiene ainda sofrem reajustes, apesar da demanda estagnada. Já os remédios caíram 2,46%, num movimento de antecipação a eventuais resultados do esforço do governo junto aos laboratórios para redução de preços. As lojas de roupas, calçados e tecidos, também em reação à falta de compradores, registraram uma redução média de preços de 0,56%. O resultado reflete as liquidações antecipadas feita por algumas lojas. Perspectivas A alta do Índice de Preços do Varejo (IPV) em agosto surpreendeu a entidade, que contava com um valor pouco abaixo de zero. O comportamento do varejo de automóveis e a queda tímida dos alimentos não estavam previstos, explicou o economista Fabio Pina. Mas está descartada nova onda inflacionária, pois é clara a tendência de acomodação dos preços. Para o curto prazo, a Federação trabalha apenas com aumentos isolados de produtos sazonais, relacionados à safra agrícola. Espera-se também reajustes de tarifas públicas (energia, telefone), que devem chegar diluídas ao consumidor.

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