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Prefeito lamenta desperdício de recursos

Antônio Machado administra Casemiro de Abreu desde o ano passado e se esforça para cortar custos

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Por Redação
Atualização:

Quando assumiu a prefeitura de Casimiro de Abreu, no ano passado, Antônio Marcos Machado (PSC) ficou surpreso com alguns gastos do município. Resolveu, por exemplo, controlar despesas com combustível e fechou 2009 com uma economia de 987% nesse item. Os R$ 5,7 milhões que sobraram no caixa são comparáveis ao que a cidade recebe por mês em royalties. "Esse dinheiro poderia ter sido usado em algum investimento e não queimado em combustível", admite o prefeito. "Já houve mês em que a cidade recebeu R$ 10 milhões por mês. É muito dinheiro. No mínimo, teríamos aqui investimentos de R$ 100 milhões, mas não se vê isso". Com 30 mil habitantes, Casimiro recebeu, em dez anos de pagamentos de royalties, entre 1999 e 2009, quase R$ 470 milhões do petróleo. No entanto, tem indicadores piores do que o de outras cidades campeãs de royalties, como Rio das Ostras, que foi um de seus distritos até a década de 90. "Infelizmente, a cidade não construiu um patrimônio", diz o prefeito. "Ainda temos escolas e postos de saúde improvisados, em imóveis alugados. Estamos tentando recuperar esse tempo perdido, mas não é de uma hora para outra."Ele tem R$ 100 milhões em projetos orçados e por isso se preocupa com a possibilidade de as cidades fluminenses perderem os recursos dos royalties, se for confirmada pelo Senado a Emenda Ibsen. "Na maioria das cidades, foram feitos planos contando com esses recursos, daí a dependência e o pavor de perder os royalties. Estamos trabalhando agora para reduzir essa dependência, mas o caminho é fazer investimentos pesados em infraestrutura para atrair empreendedores dispostos a investir em alternativas econômicas. Enfraquecendo o poder público dificulta ainda mais", argumenta. Para o economista Alcimar Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, a concentração de recursos em municípios como os produtores de petróleo não é garantia de desenvolvimento. "O grande problema não é a quantidade de recursos e sim a qualidade da execução orçamentária", avalia.

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