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Prejuízo faz Toyota trocar de presidente

Empresa terá no ano o primeiro resultado negativo de sua história

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Por Redação
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A montadora japonesa Toyota Motor pretende substituir o atual presidente, Katsuaki Watanabe, pelo vice-presidente, Akio Toyoda, diante da perspectiva de prejuízo da companhia neste ano fiscal - o primeiro desde março de 1941, quando a montadora começou a divulgar resultados anuais -, de acordo com o jornal Asahi Shinbum. A substituição ocorrerá em abril de 2009, quando terá início o próximo ano fiscal, e Watanabe deve ser transferido para a vice-presidência do conselho da montadora, afirmou o jornal, sem citar fontes. Nenhum representante da Toyota estava disponível para comentar a notícia. Toyoda, 52, é neto do fundador da Toyota, Kiichiro Toyoda, e seria o primeiro membro da família a atuar como presidente da companhia em 14 anos. O último descendente do clã que ocupou a presidência foi Tatsuro Toyoda. Na segunda-feira, a Toyota divulgou que terá um prejuízo operacional de 150 bilhões de ienes (US$ 1,66 bilhão) no ano fiscal encerrado em março de 2009. No ano anterior, a companhia havia tido lucro operacional de 2,27 trilhões de ienes (US$ 20,3 bilhões). Apesar do resultado, a Toyota ainda está em boa situação para ultrapassar a rival General Motors e se tornar a maior fabricante de automóveis do mundo em 2008, segundo analistas. A Toyota vendeu 7,05 milhões de carros em todo o mundo de janeiro a setembro, comparados a 6,66 milhões da GM no mesmo período. A Toyota, que adotou uma política de não cortar empregos, continuará a reduzir a produção para enfrentar a crise. A montadora também reduziu a previsão global de venda de veículos pela segunda vez este ano e está paralisando planos ambiciosos de expansão, em grande parte por causa de uma queda forte na demanda dos EUA. Nos últimos anos, a Toyota tem mostrado forte crescimento, incentivado pela grande demanda por modelos com consumo eficiente de combustível, como o Camry e o carro híbrido Prius. Mas a queda da demanda na América do Norte e o impacto negativo da valorização do iene prejudicaram o resultado da empresa. DOW JONES E AP

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