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Prejuízos aumentam e KLM anuncia corte de empregos

Por Agencia Estado
Atualização:

A companhia aérea holandesa KLM informou que fechou o exercício fiscal terminado em março no vermelho, e que os prejuízos aumentaram na comparação com o período anterior. Assim, ao longo dos 12 meses até março a KLM registrou um prejuízo líquido de 416 milhões de euros (US$ 473 milhões), que representa um aumento de 167% em relação aos 156 milhões de euros de prejuízo registrados há um ano. A companhia atribuiu o resultado aos problemas que afetam a indústria da aviação civil, como a baixa na economia global, a guerra no Iraque e o surto da Sars, que têm desestimulado as viagens longas. O prejuízo operacional foi de 133 milhões de euros (US$ 151 milhões), 41% superior ao prejuízo de 94 milhões de euros registrados nos 12 meses até março de 2002. As vendas caíram para 6,485 bilhões de euros (US$ 7,4 bilhões), 0,7% a menos do que os 6,532 bilhões de euros faturados há um ano. Os prejuízos da KLM foram puxados, também, pelos altos custos e despesas, pela deterioração do balanço patrimonial e pela falta de estratégia da companhia. O principal executivo da companhia, Leo van Wijk, descreveu o cenário da indústria como "sem precedentes", e disse acreditar que o ambiente de receitas foi alterado de maneira permanente. "Nossas operações estão caindo e nossa base de custos é suficiente para reverter a situação", afirmou o executivo. No quarto trimestre, a guerra no Iraque e a Sars puxaram uma queda de 40% nas operações da empresa na Europa. Cortes A KLM informou que não espera por uma melhoria operacional no curto prazo, e que agora deverá focar sua atenção na redução de custos, incluindo a eliminação de, no mínimo, 3 mil empregos de período integral. A companhia pretende alcançar uma margem operacional de 10% e economizar 650 milhões de euros (US$ 739 milhões) até março de 2005, por meio do corte de empregos, redução de despesas no exterior, racionalização da frota e ajustes na rede. A dívida líquida da KLM cresceu 279 milhões de euros (US$ 318 milhões), e fechou em 2,9 bilhões de euros (US$ 3,3 bilhões) em março.

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