PUBLICIDADE

Premiê britânico propõe novo contrato social para os bancos

Gordon Brown quer que sistema bancário assuma responsabilidade pelos próprios fracassos.

Por BBC Brasil
Atualização:

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, propôs um novo "contrato social" para os bancos que os tornariam mais responsáveis diante da sociedade. Na cúpula dos ministros das Finanças do G20 em Saint Andrews, na Escócia, o premiê britânico disse neste sábado que é inaceitável que os benefícios do sucesso dos bancos sejam aproveitados apenas por alguns, mas que seus prejuízos pesem sobre toda a sociedade. Brown propôs a criação de um fundo para a ajuda a bancos em dificuldades no futuro, que poderia ser financiado por um imposto global sobre transações financeiras. O premiê disse ainda que é "essencial" que haja progressos sobre o financiamento para combater o aquecimento global. Peso sobre o contribuinte Sobre os bancos, Gordon Brown disse aos participantes da cúpula que deveria haver uma "distribuição justa de riscos e recompensas". "Acredito que temos que discutir se precisamos de um contrato econômico e social melhor para refletir as responsabilidades globais das instituições financeiras perante a sociedade", disse Brown. O premiê explicou que o setor financeiro é tão importante que os governos não têm opção, a não ser intervir quando ele entra em colapso. "E não pode ser aceitável que os benefícios do sucesso deste setor sejam colhidos por uns poucos, mas os custos de seu fracasso pesem sobre todos nós." O premiê britânico ressaltou repetidas vezes a necessidade de uma ação "global" para reformar o sistema bancário mundial. E insistiu: "A Grã-Bretanha não vai agir, a não ser que os outros ajam com a gente". No passado, a Grã-Bretanha se opôs a impostos sobre transações financeiras, acreditando que eles poderiam prejudicar as atividades da City de Londres, o distrito financeiro da capital. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.