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Preocupações com China derrubam bolsas no mundo todo

Nenhum analista arrisca uma aposta sobre até quando vai esta turbulência nos mercados. A certeza que se tem é que a aversão ao risco aumentou

Por Agencia Estado
Atualização:

Em mais um dia de nervosismo nos mercados, as bolsas no mundo todo fecharam queda. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a cair quase 3% e fechou em baixa de 2,81%. O dólar comercial fechou em alta de 0,14%, cotado a R$ 2,1350 e o risco Brasil - taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro em relação à capacidade de pagamento da dívida do País - subiu até 204 pontos. Nenhum analista arrisca uma aposta sobre até quando vai esta turbulência nos mercados. A certeza que se tem é que a aversão ao risco aumentou e os próximos dias serão de oscilações. O fato é que as maiores economias do mundo - China e Estados Unidos - dão sinais de incertezas para o mercado. Na China, começou nesta segunda-feira a 10ª Assembléia do Congresso Popular do país. Analistas estão ansiosos para saber se o governo chinês adotará ou não medidas para esfriar o crescimento econômico e a valorização do mercado de ações local. O governador do Banco Popular da China, Zhou Xiaochuan, afirmou que a China não descarta a possibilidade de promover novas elevações na taxa de juros e que o ritmo da inflação será um fator nessa decisão. Com base nesta perspectiva, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, fixou meta de 8% para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007, abaixo da taxa de 10,7% alcançada no ano passado, mas 0,5% maior do que o previsto no 11º Programa Qüinqüenal (2006-2010). A queda geral das bolsas foi puxada pelas bolsas da Ásia, A bolsa de Tóquio amargou sua maior perda em 9 meses, com baixa de 3,34%. Xangai perdeu 1,6%. Índia e Taiwan também acumularam perdas superiores a 3%. Estados Unidos As bolsas de valores norte-americanas fecharam em baixa, com a fuga de investimentos de risco agravada também pela preocupação com o mercado de financiamentos imobiliários. A baixa, no entanto, foi amenizada pela busca dos investidores por ações com preços baixos. O índice Dow Jones - que mede o desempenho das ações mais negociadas na bolsa de Nova York - recuou 0,53%. A Nasdaq - bolsa que negocia ações do setor de tecnologia e internet - caiu 1,15%. A New Century Financial liderou um amplo declínio entre as financeiras do setor imobiliário com a escalada da crise no segmento. As ações da empresa despencaram 68,87%. "Acho que o mercado está aceitando o fato de que as coisas podem piorar", disse Marc Pado, estrategista de mercado norte-americano da Cantor Fitzgerald, em São Francisco. Europa As ações européias fecharam em baixa pela quinta sessão consecutiva nesta segunda-feira, com as mineradoras e as siderúrgicas liderando as perdas. No entanto, alguns investidores se arriscaram em certas ações, ajudando o mercado a encerrar longe das mínimas do dia. Em Londres, a baixa foi de 0,94%. Em Frankfurt, as ações caíram 1,04%. Em Paris, o índice de ações recuou 0,73%. Em Milão, a baixa foi de 1,14%. Em Madri, a perda chegou a 1,53%. E em Lisboa, as ações apresentaram desvalorização de 1,42%.

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