As contínuas preocupações com uma desaceleração da economia norte-americana e as baixas nos mercados de NY na sexta-feira afetam nesta segunda, 22, as bolsas ao redor do mundo. A Bolsa de Valores de São Paulo operava em queda de 1,87% após a abertura, aos 59.756 pontos. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, seguindo a tendência negativa dos mercados. Por volta das 11 horas, a moeda norte-americana subia 1%, cotada a R$ 1,824. Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 3,74%, retornando ao nível dos 60 mil pontos (60.894), acompanhando a queda de mais de 2,5% registrada pelas Bolsas em Wall Street. Os negócios na Bovespa também são influenciados pelas perdas na Ásia e na Europa, onde as bolsas se ajustam ao tombo de sexta-feira no mercado norte-americano, e ao clima de aversão ao risco que domina os negócios nesta segunda. Os efeitos provocados pelos problemas de liquidez do setor de crédito imobiliário americano continuam preocupando os investidores e vários analistas dizem que ainda não se conhece a dimensão inteira da crise. Essa tese foi reforçada pelo anúncio de um dos principais bancos da Alemanha, o Commerzbank, que admitiu nesta segunda-feira que seus prejuízos com a crise imobiliária nos EUA são "maiores que esperados". Petróleo Os preços do petróleo oscilavam em baixa de mais de US$ 1,00 por barril nesta segunda, com a acentuada queda dos mercados de ações renovando os temores relacionados a saúde econômica global, segundo traders e analistas. Tanto o petróleo Brent, negociado na ICE Futures, quanto o WTI, da Globex/Nymex, dão continuidade às perdas iniciadas na sexta-feira, quando os mercados passaram a olhar para a liquidação nas bolsas globais, apesar do surgimento de um número de questões geopolíticas de suporte aos preços ao longo do final de semana. "Tivemos grandes fatores de suporte durante o final de semana: rapto de 3 funcionários estrangeiros de empresas de petróleo na Nigéria pelo Movimento para Emancipação do Delta do Níger, ataques de rebeldes curdos na Turquia e renúncia do principal negociador nuclear do Irã. Embora estes fatores sejam de suporte para o petróleo, estão surgindo temores com relação a saúde econômica global", disse Olivier Jakob, da Petromatrix.