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Presidente da Comissão de Valores dos EUA renuncia

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Securities & Exchange Commission (SEC - a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), Harvey Pitt, renunciou na noite de terça-feira em uma inesperada decisão anunciada enquanto os norte-americanos estavam com as atenções voltadas para as eleições. A continuidade no cargo tornou-se questionável recentemente porque ele falhou ao não informar à Casa Branca e a outros comissionários da SEC que William Webster, seu escolhido para o novo conselho de supervisão de contabilidade da indústria, estava sendo investigado em um problema contábil corporativo. Após a revelação da controvérsia, a Casa Branca manifestou apoio a Pitt e a Webster, mas, nos últimos dias, conselheiros do presidente começaram a retirar o apoio a Pitt. A surpreendente decisão levanta dúvidas sobre se ele foi pressionado a renunciar e sobre o futuro de Webster, que já tinha indicado recentemente a disposição em sair do cargo. A renúncia de Pitt, há apenas 15 meses no posto, cria uma confusão na presidência da SEC em um momento de alta sensibilidade na história das finanças dos Estados Unidos. Em meio a um mercado em queda e a um quadro de esfriamento econômico, as grandes empresas e Wall Street tornaram-se epicentro de uma série de escândalos que abalaram a confiança sobre a honestidade dos resultados anunciados pelas empresas e pela transparência no trato com os investidores. Substitutos Representantes da Casa Branca ainda não comentaram quem será o escolhido do presidente George W. Bush para o cargo. Os comissários da SEC são nomeados pelo presidente e devem ser confirmados pelo Senado. Enquanto não houver um nome definido, Bush poderá escolher um dos outros dois republicanos presentes na direção da SEC - Cynthia Glassman e Paul Atkins - para atuar como presidente interino. Segundo a agência de notícias Bloomberg, a lista de possíveis sucessores de Pitt incluem o presidente da Nasdaq, Frank Zarb, o ex-juiz federal Stanley Sporkin, o advogado da família Bush, James Doty, e o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani.

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