05 de março de 2020 | 22h20
A operadora de turismo CVC anunciou nesta quinta-feira, 5, que seu presidente-executivo, Luiz Fogaça, apresentou pedido de renúncia e que o conselho de administração da companhia aprovou a indicação de Leonel Andrade para substituí-lo.
Em fato relevante, a CVC informou que Fogaça seguirá no cargo até 30 de março.
Andrade foi presidente da Smiles, gestora de programas de fidelidade da Gol, da financeira Losango e da bandeira de cartões Credicard.
O anúncio da saída de Fogaça acontece dias após a CVC ter revelado no último final de semana que constatou indícios de erros em sua contabilidade, que se confirmados poderão significar ajustes contábeis significativos nos resultados.
A estimativa é de que o impacto potencial acumulado dos ajustes na receita líquida da companhia seja da ordem de 250 milhões de reais, considerando o período de 2015 a 2019.
Desde que o assunto veio à tona, a ação da CVC acumulou perda de 22% na B3.
A epidemia de coronavírus e a disparada do dólar têm afetado as empresas de viagem e turismo. Pela 12ª vez consecutiva, o dólar fechou em alta. Nesta quinta, 5, a moeda americana terminou o dia cotada em R$ 4,6512, uma alta de 1,56%.
Algumas agências viram suas vendas caírem 7% e 20% neste mês ante fevereiro de 2019. A CVC não revela dados de vendas por ter ações na Bolsa, mas limitou-se a informar que “cerca de 70% dos embarques estão relacionados a viagens no Brasil e os clientes que viajam para Europa nesta época do ano representam menos de 5%”. Além disso, CVC estava oferecendo um dia a mais de estadia gratuita para quem comprar pacotes nacionais e internacionais.
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