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Presidente da estatal defende conteúdo local

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Por Redação
Atualização:

A presidente da Petrobrás, Graça Foster, voltou a defender a estratégia de conteúdo local adotada pela companhia desde a década passada. Ao apresentar ontem o novo Plano de Negócios 2012-2016 da estatal, ela afirmou que "conteúdo local não é um dogma nacionalista". A política de conteúdo nacional, sustentam especialistas, é um entrave ao progresso da Petrobrás, pois parte expressiva das empresas nacionais contratadas não estariam capacitadas para produzir com qualidade e rapidez, a custos competitivos em relação ao mercado internacional. Na opinião de Graça Foster, essa generalização é equivocada, pois as empresas que a Petrobrás contratou no exterior - para fabricar sondas de perfuração offshore, por exemplo - não costumam cumprir os prazos acertados quando do fechamento dos negócios. "O conteúdo local é uma ferramenta de gestão extremamente importante para nós. As companhias de bens e serviços no País dão o máximo de si, com custos e prazos semelhantes ou próximos ou melhores ainda do que aqueles que possamos ter no exterior", afirmou a presidente. A presença de empresas fornecedoras em território brasileiro beneficia muito a Petrobrás, de acordo com Graça Foster. "É uma disponibilidade física extremamente valiosa aos nossos projetos. Não é o conteúdo local pelo conteúdo local, mas o conteúdo local a favor da nossa empresa", observou. A presidente da Petrobrás declarou que as dez sondas de perfuração construídas no exterior entregues no ano passado somaram 542 dias de atraso. Todas essas sondas tinham "conteúdo local zero", disse. "Todas atrasaram e muito", acrescentou Graça, para quem a versão de que o empresariado nacional vinculado à indústria do petróleo descumpre prazos "não se justifica". / SABRINA VALLE E SÉRGIO TORRES

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