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Presidente da Gol nega rota de colisão com governo

Por Agencia Estado
Atualização:

Sem muito alarde, o presidente da Gol, Constantino Oliveira Júnior, e o ministro da Defesa, José Viegas, reuniram-se quinta-feira, véspera do feriado da Semana Santa. O encontro foi agendado há 20 dias, confirma Oliveira Júnior. Serviu para uma "troca de idéias e para mostrar como trabalhamos", resume, comedido, o comandante da empresa aérea que mais vem crescendo no mercado e, por isso mesmo, é apontada por analistas como a potencialmente mais prejudicada com o novo modelo de regulamentação do transporte aéreo. Adepto do mountain bike, Constantino Júnior está acostumado a desviar de obstáculos e demonstra não enxergar na política de controle de oferta uma pedra no caminho da Gol. "É notório que a indústria tem um problema estrutural. O contexto atual indica ações como a que o governo está tomando, olhando a indústria como um todo. Em momento algum se rompeu o diálogo. Não estamos em rota de colizão com o governo", argumenta o executivo. Para Constantino Júnior, a portaria do Comando da Aeronáutica, publicada em março com a recomendação do monitoramento da oferta, não é proibitiva. "Não se está proibindo aumento de oferta, mas restringindo para que a empresa comprove a racionalidade do serviço que está sendo proposto", disse. Na sua avaliação, o governo indica que está tendo cautela em controlar um pouco mais a oferta. Segundo o executivo, a Gol deve fechar o mês de março com um aproveitamento médio de 65% dos jatos nas rotas em que opera - dentro da faixa que o DAC defende. Constantino Júnior também informou que a Gol decidiu suspender a importação de três aviões. Segundo ele, a decisão não tem a ver com a portaria, que também definiu o monitoramento de importações de jatos, mas está ligada ao momento pelo qual o setor está passando e à queda de demanda. Sobre a intenção do DAC de estimular vôos para cidades que deixaram de ser servidas, Constantino destaca a importância de utilização de aeronaves apropriadas para cada localidade.

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