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Presidente da Petrobrás pede em rede interna que grevistas voltem ao trabalho

Funcionários marcaram um ato para esta sexta-feira na frente da sede da petroleira, no Rio, que deve ter a presença do ex-presidente Lula; paralisação começou no último sábado, como protesto pelo fechamento de uma fábrica de fertilizantes no Paraná

Por Fernanda Nunes
Atualização:

RIO - Às vésperas de um grande ato na frente da sede da Petrobrás, marcado para esta sexta-feira, 7, no centro do Rio de Janeiro, o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, recorreu à rede de comunicação interna da empresa para se posicionar sobre a greve iniciada no último sábado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). No vídeo, o executivo pede que os grevistas retomem suas atividades.

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"Peço aos empregados que aderiram à greve que reflitam e retornem ao trabalho. Sua presença e participação são extremamente importantes para o futuro da Petrobrás. As pessoas são a joia da coroa dessa companhia", afirma Castello Branco. Em outro trecho, diz que a paralisação tem "evidentes objetivos políticos".

Está marcada para as 10h desta sexta uma mobilização na frente da estatal com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele estará no Rio para participar das comemorações pelos 40 anos do PT e iniciará sua agenda na cidade com a manifestação.

Segundo o presidente da Petrobrás, o encerramento da produção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), no município de Araucária, principal motivo da paralisação dos petroleiros, teve motivação financeira. O fechamento da subsidiária foi anunciada no dia 14 de janeiro, após aprovação do Conselho de Administração da estatal.

Castello Branco iniciou sua fala se referindo aos empregados como "colegas" e agradecendo os funcionários que integram as equipes de contingência nas unidades onde avança a paralisação. "Hoje, eu me dirijo mais especialmente àqueles que desde o início do movimento grevista estão em nossas plantas, unidades de produção e logística integrando as equipes de contingência, dobrando nos turnos, mantendo assim as operações com segurança e integridade", diz. Em seguida, acrescenta que o pessoal de contingência é "motivo de orgulho da Petrobrás" e "verdadeiros profissionais, que se dedicam com paixão ao trabalho".

Protesto em frente à sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, durante greve dos petroleiros. Foto: Sergio Moraes/Reuters - 4/2/2020
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