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Presidente da Varig deixa o comando da empresa

Por Agencia Estado
Atualização:

As discordâncias entre a atual administração da Varig e os acionistas majoritários do grupo, a Fundação Ruben Berta (FRB), levaram à queda do atual presidente da companhia, Arnim Lore, que ocupa o cargo desde o agosto. Amanhã à tarde, o executivo anuncia, em entrevista coletiva, sua renúncia da presidência do Conselho de Administração da holding que controla o Grupo Varig, a FRB-Par, em conjunto com os outros conselheiros - o ex-ministro do Desenvolvimento Clóvis Carvalho, o ex-secretário de Política Econômica José Roberto Mendonça de Barros e o economista Luís Spínola. "Sou um funcionário da Varig, e certamente vou deixar a presidência da empresa por iniciativa do próximo conselho", afirmou hoje à noite. A decisão teria sido tomada na manhã de hoje, em uma reunião em São Paulo, e teve como motivo o veto da Fundação Ruben Berta ao memorando de entendimentos com os credores da empresa. O documento consolidava dívidas no valor de US$ 118 milhões vencidas ao longo do segundo semestre e reconhecia o prazo até o dia 30 deste mês para o pagamento. A assinatura do memorando pela FRB também era fundamental para a liberação de recursos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar na reestruturação da empresa. No dia 14, Lore anunciou ter encaminhado ao BNDES o plano de negócios da companhia, elaborado pela consultoria americana Bain&Company. A preocupação dos membros do Conselho de Curadores da Fundação Ruben Berta, agora, é provar que sua recusa em assinar o memorando não será prejudicial à Varig, num momento em que fornecedores, como a BR Distribuidora, ameaçam executar suas dívidas. Entre outros fatores, a fundação suspeitava que a ajuda financeira concedida à Varig seria totalmente destinada ao pagamento das dívidas de alguns credores, medida que não seria suficiente para sanear o grupo e beneficiaria apenas os integrantes do Comitê de Credores, ligado à atual administração.

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