PUBLICIDADE

Presidente do BC do Japão promete estímulo prolongado e não sinaliza ação imediata

Por LEIKA KIHARA E STANLEY WHITE
Atualização:

O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, destacou a resolução de manter o forte estímulo por um período prolongado, mas descartou a necessidade de ampliá-lo em breve, mantendo-se otimista sobre o cenário apesar de sinais de que a economia pode estar em leve recessão. Kuroda também manteve sua avaliação de que o iene fraco é positivo para a economia do Japão. Mas mudou ligeiramente seu tom ao aceitar as preocupações da comunidade empresarial de que mais desavalorizações vão afetar as pequenas empresas e famílias ao elevarem os custos de importação. "Se as movimentações cambiais refletirem fundamentos econômicos e financeiros, elas devem ser positivas, não negativas, para a economia, Mas os próprios fundamentos flutuam, então é importante levar isso em consideração", disse ele nesta terça-feira. Como previsto, o BC japonês decidiu por unanimidade manter sua promessa de elevar a base monetária, ou dinheiro e depósitos na autoridade monetária, ao ritmo anual de 60 a 70 trilhões de ienes (547 a 638 bilhões de dólares) através de compras de títulos do governo e a ativos de risco. O BC manteve sua avaliação de que a terceira maior economia do mundo continua se recuperando moderadamente como tendência. Mas ofereceu uma visão mais negativa sobre a produção industrial, dizendo que ela estava "enfraquecendo" uma vez que uma queda na demanda após o aumento do imposto sobre vendas em abril deixou os produtos de automóveis e eletrônico com excesso de estoques. Kuroda admitiu que o aumento do imposto e o clima desfavorável no verão pesou sobre o consumo por mais tempo que o esperado. Mas destacou que após um período de fraqueza, o crescimento vai acelerar o suficiente para elevar a inflação na direção da meta do BC. O BC tem mantido a política monetária desde que lançou o forte estímulo em abril do ano passado, quando prometeu dobrar a base monetária através de agressivas compras de ativos para alcançar sua meta de inflação de 2 por cento em cerca de dois anos.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.