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Presidente do Ibama assina licença prévia de Angra 3

Documento traz 60 exigências que a estatal Eletronuclear terá que cumprir para construir usina

Por Leonardo Goy e da Agência Estado
Atualização:

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias, assinou nesta quarta-feira, 23, a licença ambiental prévia da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro. Segundo o Ibama, o documento contém 60 exigências que terão de ser cumpridas pela estatal Eletronuclear, responsável pela obra, para a construção ser iniciada.   O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse na terça, ao anunciar a concessão da licença prévia, que as exigências seriam "brutais". Mencionou, entre elas, a solução definitiva do tratamento do lixo nuclear, a criação de um sistema independente de monitoramento dos níveis de radiação, a realização de obras de saneamento básico dos municípios de Angra dos Reis e Paraty e a gestão do Parque Ecológico da Serra da Bocaina.   Além dessas quatro condicionantes, o Ibama está exigindo, entre outras medidas, a implementação de programas de educação ambiental e assinatura de convênios para beneficiar postos de saúde da região.   A usina nuclear de Angra 3 exigirá investimentos de R$ 7,3 bilhões e terá capacidade para gerar 1.350 megawatts. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, havia previsto para setembro o começo das obras, mas elas só podem ser iniciadas após a concessão da chamada licença de instalação, etapa posterior à licença prévia concedida nesta quarta e condicionada ao cumprimento das exigências.

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