PUBLICIDADE

Presidente do PP afirma ser contra concessão a servidores na reforma da Previdência

Para o senador Ciro Nogueira, a negociação em torno de regras mais brandas para o funcionalismo 'não muda um voto'

Foto do author Julia Lindner
Por Julia Lindner
Atualização:
'Se tivesse qualquer mudança,seria para tornar mais rígido ainda o texto', disse o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Foto: Lia de Paula/Agência Senado

BRASÍLIA - O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou ao Broadcast Político nesta sexta-feira, 15, que é contra qualquer concessão para os servidores públicos na reforma da Previdência e que o governo precisa defender os mais pobres. Para tentar aprovar a proposta no ano que vem, o governo negocia abrandar as regras para servidores que ingressaram antes de 2003. "Por mim não mudava isso. Acho que isso aí não define, não muda um voto", avaliou Nogueira.

PUBLICIDADE

++Adiamento da votação da reforma da Previdência para fevereiro foi 'ótimo', diz Temer

Para ele, o governo deve manter o texto atual e melhorar a estratégia de comunicação até fevereiro do ano que vem. "Tem que aumentar a comunicação. Acho que mudou muito (a aprovação), as pessoas hoje estão muito favoráveis, principalmente as pessoas que não são servidoras públicas, por isso sou contra qualquer modificação no texto, se tivesse qualquer mudança seria para tornar mais rígido ainda o texto", disse.

Pelo texto aprovado na comissão especial da Câmara, os servidores precisariam cumprir as idades mínimas (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) para manter o direito de receber como aposentadoria o último salário e os mesmos reajustes dos funcionários da ativa. Ou poderiam se aposentar antes, conforme a regra de transição, mas sem os benefícios da integralidade e da paridade.

++Reforma da Previdência é mais importante que eleição, diz presidente do Bradesco

Com as alterações cogitadas por alguns governistas à frente das negociações pela reforma, o servidores não seriam obrigados a cumprir as idades mínimas definitivas, mas mesmo assim teriam de entregar um "pedágio" de 50% do tempo que falta para aposentar para ter direito aos benefícios. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.