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Pressão de alta sobre preços do petróleo crescerá até 2012

AIE calcula que o consumo de petróleo crescerá em média 1,9% por ano até 2012. Países emergentes, liderados pela China, serão os principais responsáveis

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Por Redação
Atualização:

A Agência Internacional de Energia (AIE) fez um alerta nesta segunda-feira, 9. Segundo a instituição, os preços do petróleo continuarão sendo pressionados para cima nos próximos anos devido ao aumento da demanda mundial, atrasos em novos projetos de exploração, e problemas geopolíticos. "Apesar de quatro anos de preços de petróleo mais elevados, vemos um crescente aperto entre a oferta e a demanda além de 2010, com a capacidade ociosa da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) declinando para níveis mínimos até 2012", disse a agência em seu Relatório de Mercado de Petróleo de Médio Prazo, divulgado nesta segunda. A AIE calcula que o consumo mundial de petróleo vai crescer em média 1,9% por ano até 2012, atingindo 95,8 milhões de barris diários em cinco anos. Os países emergentes, liderados pela China, vão ser os principais responsáveis por essa tendência. Em contrapartida, a produção dos países que não pertencem à Opep vai crescer apenas 1% ao ano no mesmo período. Para atender à demanda, o cartel terá que elevar acentuadamente sua produção. Com isso, a capacidade ociosa da Opep deverá declinar dos atuais 2% do consumo mundial para 1,6% em 2012. Segundo a agência, apesar de um aumento na produção de biocombustíveis e a entrada em operação de vários novos projetos de exploração nos próximos anos, a capacidade ociosa deve permanecer em níveis "desconfortavelmente baixos". Um crescimento da economia mundial um pouco abaixo do previsto, poderia aliviar um pouco a pressão sobre os preços. "Mas não muito", disse a agência, observando que isso seria um efeito apenas temporário. Gás O estudo prevê que o preço do gás natural também poderá subir no final desta década. Ao longo dos últimos 25 anos tem havido uma maior substituição do óleo combustível pelo gás natural. Mas quando ocorre um problema na oferta de gás, ele é substituído pelo óleo. "Até o final desta década, essa flexibilidade poderá ser limitada, produzindo pressão altista nos preços de todos hidrocarbonos", disse. Um crescimento menor do que o esperado do PIB mundial poderá oferecer algum fôlego, mas está muito claro que se esse perfil de demanda não se modificar por si mesmo, é bem capaz que seja alterado por preços mais altos."

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