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Pressão por aumento de preços não preocupa Abílio Diniz

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Conselho de Administração do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, confirmou que está havendo pressão por parte dos fornecedores para aumento de preços. Ele considera, entretanto, que este movimento não irá mexer com a inflação. Diniz acrescentou que as margens de toda a cadeia produtiva estão muito baixas e que qualquer fator demanda ajustes. Por outro lado, o empresário pondera que o mercado não está sancionando aumentos de preços. Este ano, apesar dos reajustes salariais, as vendas ainda não se recuperaram. O empresário julga que a base de comparação, entretanto, (o primeiro trimestre do ano passado) é muito alta e influencia nos números. Na sua avaliação, ao final do primeiro trimestre deste ano, os números podem começar a ficar positivos, acompanhando a própria recuperação da economia. "Não há dúvida de que o Brasil vai crescer 3,5% este ano", afirmou. Captação confirmada Diniz confirmou que o Grupo Pão de Açúcar deve fazer emissão de debêntures mandatórias (conversíveis em ações), com o objetivo de diminuir o custo de suas dívidas. Embora considere que a empresa tem um baixo endividamento, uma taxa de juros anual de 16,5% ao ano (taxa Selic) acarreta num custo elevado. "Travamos uma luta obsessiva por custos baixos", disse. Diniz descarta hipótese de anular fusão com Sendas Ele disse ainda que a empresa está tranqüila com relação ao questionamento da Secretaria de Administração de Direito Econômico (Seae) sobre a fusão com o Grupo Sendas, do Rio de Janeiro (veja mais informações no link abaixo). Ele informou que, logo após o anúncio da negociação, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) chamou os empresários, que apresentaram os dados solicitados. As informações foram, então, protocoladas. O empresário não vê razões para que a fusão seja impedida. "Todos sabem que o Sendas estava em situação difícil. A associação vai fortalecer a empresa", declarou. O empresário argumenta que, com a união das duas empresas, não haverá concentração de mercado no Rio de Janeiro, acrescentando que, de acordo com dados do Ibope, as três bandeiras da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD) - Pão de Açúcar, ABC Barateiro e Extra - têm 5% de participação no Estado.

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