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Prévia da inflação sobe 0,38% em fevereiro, menor patamar em 18 anos, diz IBGE

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 2,86%, resultado inferior ao registrado nos 12 meses imediatante anteriores, quando o índice subiu 3,02%

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Por Redação
Atualização:

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação oficial do governo, registrou em fevereiro alta de 0,38%, após ter avançado 0,39% em janeiro, informou nesta sexta-feira, 23, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Com o resultado de hoje, o indicador alcançou o menor patamar para o mês desde 2000, quando os preços avançaram 0,34%, e o segundo mais baixo da série histórica, iniciada em 1994. No acumulado dos 12 meses encerrados em fevereiro a alta é de 2,86%, resultado inferior ao registrado nos 12 meses imediatante anteriores, quando o índice subiu 3,02%.

Os preços do grupo educação pesaram no bolso do consumidor, devido ao reajuste dos cursos regulares neste início de ano Foto: Unila

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Educação. A prévia do mês de fevereiro mostra o grupo educação como a principal pressão de alta no mês (alta de 4,01%), refletindo os aumentos de início de ano dos cursos regulares, da creche ao ensino superior.

Os transportes (alta de 1,11%), e os alimentos também seguem em alta. O primeiro, em virtude dos aumentos dos combustíveis e das tarifas de transporte público em algumas capitais do País. Já os alimentos seguem com ligeira alta pelo impacto da sazonalidade no campo, sobretudo das hortaliças, frutas e legumes.

Essa alta, no entanto, foi contida pelos preços dos alimentos em domicílio, que refletem pressões de queda do atacado para o varejo.

A divulgação do IPCA-15 ganhou importância depois da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que abriu a porta para novo corte de juros, de 0,25 ponto percentual na reunião dos dias 20 e 21 de março, caso a inflação siga abaixo do esperado pelo BC e o cenário externo não comece a se deteriorar.

Essa é a crença do estrategista chefe do Banco Mizhuo, Luciano Rostagno. Para ele, a continuidade dos baixos índices de inflação deve encorajar um novo corte na próxima reunião do BC. "A inflação tem surpreendido de forma consistente para baixo nos últimos meses e os preços no atacado mostram deflação novamente dos preços agrícolas, o que abre margem para uma nova surpresa."

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