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Prévia da inflação oficial tem alta de 0,39% em agosto

Transportes foi o grupo que mais influenciou o índice, ao sair de queda de 0,59% em julho para estabilidade

Por Fernanda Nunes e da Agência Estado
Atualização:

RIO - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,39% em agosto, após subir 0,33% em julho. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula taxas de 3,32% no ano e de 5,37% em 12 meses até agosto.

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O grupo Transportes foi o que mais influenciou o IPCA-15 de agosto. A variação dos preços desse grupo saiu de queda de 0,59% em julho para estabilidade (0%) em agosto, por causa dos itens automóvel novo (de -2,47% para +0,04%), ônibus interestadual (de 1,49% para 3,40%), seguro de veículos (de -0,33% para +0,96%) e automóvel usado (de -2,45% para -0,15%).

O IBGE destacou também a alta do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, de 0,37% em julho para 0,52% em agosto. Neste caso, a inflação foi motivada pelos resultados de remédios (de 0,07% para 0,52%) e dos artigos de higiene pessoal (de 0,30% para 0,55%). A alta do grupo Educação (de 0,10% para 0,54%) refletiu o avanço de preços dos cursos regulares (+0,32%); e dos cursos diversos, como informática e idiomas, de +1,39%. Os artigos de residência cresceram de 0,19% para 0,23%, em base mensal, por causa da variação de preços nos eletrodomésticos (de -0,67% para 0,70%).

Já o grupo Alimentação e bebidas desacelerou, passando de 0,88% em julho para 0,76% em agosto. O tomate, com alta de 36,65% neste mês ante +29,30% em julho, continuou liderando o ranking dos principais impactos positivos no índice de agosto, com 0,09 ponto porcentual.

O segundo principal impacto na inflação de 0,39% agosto medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) partiu do item empregado doméstico, que passou de 1,37% em julho para 1,11% em agosto. O impacto foi de 0,04 ponto porcentual. O item faz parte do grupo despesas pessoais, que avançou 0,68% ante 0,92% no mês anterior.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, responsável pelo IPCA-15, informou que houve uma mudança na metodologia de cálculo dos itens empregado doméstico e mão de obra para pequenos reparos, que subiu de 0,39% para 0,56%.

"No Rio de Janeiro, excepcionalmente, em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) referentes ao mês de junho, foram utilizados os últimos rendimentos disponíveis naquela região, que se referem ao mês de maio, para estimar a tendência da série de rendimentos em agosto", informou o IBGE. "Ou seja, no caso do Rio de Janeiro foram estimados, a partir de maio, três meses à frente ao invés de dois, como é a metodologia adotada. As demais regiões seguiram o procedimento regular descrito nas notas técnicas 01/2007 e 02/2007, sendo estimados dois meses à frente com base nos rendimentos de junho efetivamente coletados através da PME", completou o instituto.

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O IBGE informa ainda que o recuo do aluguel residencial (de 1,16% para 0,43%) foi o principal responsável pela variação do grupo Habitação (de 0,41% para 0,28%). Os grupos Vestuário (de 0,39% para 0,18%) e Comunicação (de 0,14% para -0,03%) também mostraram variações inferiores às observadas no mês de julho. Já os produtos não alimentícios passaram de 0,16% em julho para 0,28% em agosto.

Regiões

A região metropolitana de Fortaleza registrou em agosto o maior índice de inflação, de 0,69%, entre as regiões pesquisadas. As principais influências partiram de alimentos (1,15%), energia elétrica (1,35%) e gasolina (3,94%). O menor índice foi registrado em Curitiba, de 0,23%, onde foi registrado queda de 1% na energia elétrica e de 3,87% nos preços dos serviços de cabeleireiro.

Em São Paulo, o índice foi de 0,37%; no Rio de Janeiro, de 0,46%; Goiânia, de 0,48%; Salvador, de 0,44%; Belo Horizonte, de 0,43%; Recife, de 0,41%; Brasília, de 0,41%; Porto Alegre, de 0,33%; e Belém, de 0,26%.

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