
22 de fevereiro de 2017 | 09h23
RIO - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,54% em fevereiro, após subir 0,31% em janeiro. Com o resultado divulgado nesta quarta-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula aumento de 0,85% no ano. A taxa acumulada em 12 meses até fevereiro foi de 5,02%. Essa foi a menor taxa para um mês de fevereiro desde 2012, quando foi registrado 0,53%.
O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam inflação entre 0,28% e 0,58%, com mediana de 0,49%.
As passagens aéreas recuaram 12,45% no mês e os alimentos ficaram 0,07% mais baratos. Já os gastos com educação subiram 5,17% e pressionaram o indicador para cima. O preço dos serviços também subiu. Em fevereiro a alta foi de 1,01%, ante 0,31% em janeiro.
Educação. Os gastos das famílias com educação foi responsável por 0,24 ponto porcentual da taxa de inflação de 0,54% registrada no mês. O movimento reflete os reajustes praticados no início do ano letivo. As mensalidades dos cursos regulares subiram 6,94% em fevereiro, item de maior impacto sobre o IPCA-15 do mês, o equivalente a 0,21 ponto porcentual.
Entre as regiões pesquisadas, os cursos regulares tiveram aumentos desde 4,94%, como o registrado em São Paulo, até 10,13%, visto em Salvador. A exceção foi Fortaleza, onde não houve aumento devido à diferença no período de reajuste, explicou o IBGE.
Alimentos. A redução nos preços dos alimentos impediu uma alta maior no índice. O grupo registrou recuou de 0,07%, após a alta de 0,28% em janeiro e passou de um impacto de 0,07 ponto porcentual no mês passado para -0,01 ponto porcentual este mês.
Os preços do óleo de soja (4,42%) e das hortaliças (4,00%) subiram, mas outros itens importantes na cesta de consumo das famílias ficaram mais baratos, como o feijão-carioca (-14,68%), a batata-inglesa (-7,63%) e o tomate (-6,62%).
Ônibus. O índice também foi pressionado por reajustes de tarifas dos ônibus urbanos e intermunicipais, que subiram 3,24% e 3,84%, respectivamente. A alta nos ônibus urbanos foi consequência de reajustes em Fortaleza, Recife, Belém, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Curitiba. Nos ônibus intermunicipais, o aumento foi consequência de tarifas mais altas no Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador. Com o aumento das tarifas dos ônibus, o grupo Transportes registrou alta de 0,66% em fevereiro, apesar da queda de 12,45% nas passagens aéreas no mês.
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