Após subir 0,37% em junho (dado já revisado), a economia brasileira registrou leve retração em julho. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do mês teve baixa de 0,09% ante junho, com ajuste sazonal. Na comparação entre os meses de julho de 2016 e 2015, houve baixa de 5,20%. Nas duas análises, a queda veio mais forte do que o esperado pelos analistas de mercado financeiro.
Em janeiro, o Banco Central promoveu uma revisão na apuração do IBC-Br para incorporar a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional, entre outros indicadores. Conhecido como "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
Com Michel Temer na Presidência, desde 12 de maio, o BC já divulgou três resultados do IBC-Br: para maio, junho e julho. Neste período, o indicador, considerado como um parâmetro para o ritmo da economia ao longo dos meses, somente avançou em junho. Naquele mês, o IBC-Br com ajuste sazonal registrou alta de 0,37% ante maio (dado revisado). Em julho, no entanto, conforme os números divulgados hoje pelo Banco Central, houve queda de 0,09% na margem. Em maio - mês cujo início ainda foi com Dilma Rousseff ocupando a Presidência -, houve retração de 0,46%. Neste período de maio a julho, o IBC-Br indicou retração de 0,24% em relação ao trimestre anterior, de fevereiro a abril, na série com ajuste sazonal.
A atual previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,3%, de acordo com o mais recente Relatório Trimestral de Inflação. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) estava em -3,18%.