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Prévia do PIB tem alta de 0,57% em julho, aponta Banco Central

É o segundo mês de alta consecutiva do indicador, que acumula elevação de 1,19% no ano

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 0,57% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou nesta segunda-feira, 17, a instituição. A elevação ocorre depois de avanço de 3,42% em junho (dado já revisado), em movimento de recuperação após a greve dos caminhoneiros.

Conhecido como uma "prévia do Banco Central para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão atual do BC para a atividade doméstica em 2018 é de avanço de 1,6%.

Em julho, mais uma vez, o indicador apresentou alta, embora em ritmo menor que o do mês anterior Foto: FOTO TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

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A atividade em maio havia sido bastante prejudicada pela paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil, verificada nas últimas semanas do mês. Em junho, o movimento arrefeceu e a atividade voltou a acelerar. Agora, em julho, mais uma vez, o indicador apresentou alta, embora em ritmo menor que o do mês anterior.

O índice acumula alta de 1,19% no ano até julho. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta alta de 1,46% nos 12 meses encerrados em julho.

Já no trimestre até julho, o IBC-BR acumula baixa de 0,76%.  Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o índice acumula alta de 0,56%, pela série sem ajustes sazonais.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,17 pontos para 138,96 pontos na série dessazonalizada de junho para julho. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde outubro de 2015 (139,05 pontos).O aumento do IBC-Br ficou acima do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre queda de 0,67% e avanço de 0,50% (mediana positiva de 0,10%).

Na comparação entre os meses de julho de 2018 e julho de 2017, houve alta de 2,56% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 142,19 pontos em julho, ante 138,64 pontos de julho do ano passado.

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O indicador de julho de 2018 ante o mesmo mês de 2017 veio dentro do intervalo das projeções, mas mostrou desempenho acima do apontado pela mediana (1,75%) de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast (0,80% a 2,90% de intervalo). O patamar de 142,19 pontos é o melhor para meses de julho desde 2015 (143,63 pontos).

Banco Central revisa dados de junho ante maio

O Banco Central revisou os dados do Índice de Atividade Econômica de junho, de alta 3,29% para 3,42%. Em maio, o índice seguiu negativo na revisão (de -3,28% para -3,35%).

No caso de abril, a revisão foi de 0,49% para 0,58%. O dado de março foi de baixa de -0,63% para -0,57% e o de fevereiro passou de alta 0,22% para 0,28%. Em relação a janeiro, o BC substituiu a taxa de -0,51% pela de -0,66%.

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Bradesco diz que IBC-Br 'surpreendeu positivamente', mas não altera projeção para o PIB

O IBC-Br surpreendeu positivamente, reconhece o Bradesco. Contudo, a instituição pondera que a elevação não altera a expectativa de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que permanece em 0,30%.

"O resultado veio acima do esperado pelo mercado e por nós (0,20%). Na comparação interanual, houve avanço de 2,56%, superior ao esperado (1,90%). Esse resultado surpreendeu, mas outros indicadores de atividade divulgados anteriormente indicam um crescimento do PIB de 0,3% no terceiro trimestre", explicou o Bradesco em nota.

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Para o fim de 2018, o banco mantém a projeção de 1,10% do PIB, taxa aquém da citada no levantamento Focus, que caiu de 1,40% para 1,36%./COM MARIA REGINA SILVA

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