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Previdência privada: ainda há desvantagens

Apesar de terem regras mais claras, os novos planos de previdência ainda sofrem muitos descontos, o que prejudica a rentabilidade do investimento.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os novos planos de previdência privada são mais vantajosos em relação aos planos tradicionais, pois têm regras mais claras sobre taxa de gestão, taxa de administração e porcentagem do excedente financeiro que será repassada ao contratante do plano, além de um critério uniforme de repasse. Isso significa que, caso o participante transfira seus recursos de uma entidade de previdência privada para outra, a sucessora aplicará aos valores a mesma metodologia de apuração que a anterior. Mas isso não quer dizer que seja a melhor opção para quem vai fazer uma reserva para a sua aposentadoria. Os novos produtos, assim como os planos que já existiam no mercado, têm um volume muito grande de descontos, o que reduz a rentabilidade para os recursos acumulados pelo contratante do plano. Descontos diminuem rentabilidade Exemplo de desconto nos planos de previdência privada é a taxa de gestão, cobrada pela empresa de previdência privada, a fim de garantir a rentabilidade oferecida pelo plano. Para o Plano com Atualização Monetária Garantida e Performance (PAGP), a empresa de previdência privada oferece a correção monetária como garantia de rentabilidade mínima. Já o Plano com Remuneração Garantida e Performance (PRGP), a garantia é de uma taxa de juros mais a correção monetária. O dinheiro aportado nesses planos é aplicado em um Fundo de Investimento Financeiro (FIF) e o contratante do plano receberá uma parcela da rentabilidade líquida desse fundo. Mesmo que o rendimento do FIF seja negativo ou fique muito baixo, o contratante do plano terá uma garantia de rentabilidade mínima. Mas é importante que o contratante do plano saiba que está pagando um preço por isso, ou seja, o rendimento do seu investimento será diminuído pela incidência da taxa de gestão. Taxa de carregamento reduz investimento Outra desvantagem dos planos de previdência é a taxa de carregamento. Trata-se de uma porcentagem que incide sobre a contribuição mensal ou sobre os aportes de capital esporádicos e é cobrada pela entidade de previdência privada para arcar com os custos administrativos e comerciais do plano. Isso significa que quanto maior o porcentual de carregamento, menor é a parcela da contribuição destinada para a formação do capital do participante. Nos planos tradicionais, a taxa de carregamento varia entre 4% e 12%. Já o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) costuma descontar entre 1% e 5% sobre o valor dos depósitos. Segundo Alexandre Penner, chefe do departamento técnico atuarial da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a partir da edição da Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) n° 48/01, em fevereiro de 2001, que introduziu algumas pequenas mudanças no mercado de previdência privada aberta, nenhuma entidade de previdência privada pode cobrar taxa de carregamento acima de 5% sobre o valor do depósito ou aportes, no caso dos planos novos. A regra não vale para os planos tradicionais, anteriores à edição desta resolução. Veja no link abaixo mais informações sobre os efeitos da taxa de gestão nos planos de previdência privada e também a cartilha completa sobre planos de previdência privada.

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