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Previdência Social prevê déficit de R$ 41 bi em 2009

Por Fabio Graner
Atualização:

O ministro da Previdência Social, José Pimentel, informou hoje que a projeção do ministério para o déficit do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em 2009 é de R$ 41,1 bilhões, o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto. Segundo ele, a previdência urbana deve ter um déficit de R$ 1,3 bilhão, enquanto a previdência rural, um resultado negativo de R$ 39,9 bilhões. O ministro disse que, em 2010, o déficit da previdência urbana deverá ser zerado. Pimentel evitou fazer uma análise detalhada sobre o impacto do fechamento de 654 mil postos formais de trabalho em dezembro sobre as contas da Previdência. Ele preferiu destacar o fato de que, mesmo com o desempenho ruim do mercado de trabalho, o ano teve um saldo positivo de 1,4 milhão de empregos formais. Ele também chamou a atenção para a trajetória de crescimento das adesões ao Simples Nacional. Segundo o ministro, as micro e pequenas empresas geram a maior parte dos empregos e, somente em janeiro deste ano, está havendo uma adesão média ao Simples de 15 mil empresas por dia. O secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, afirmou que ainda é necessário esperar para que se tenha uma avaliação mais clara do mercado de trabalho, antes de se discutir seus efeitos sobre as contas da Previdência. "Não sabemos como será o comportamento do mercado de trabalho em 2009", afirmou, acrescentando que agora pode estar havendo uma queda do emprego, mas ao longo do ano o mercado pode se recuperar. Apesar disso, Schwarzer prevê um "resultado ruim" para as contas da Previdência em janeiro, por causa de fatores atípicos. Entre eles, o pagamento de R$ 3 bilhões em precatórios - praticamente a meta dos R$ 6,1 bilhões previstos para todo o ano de 2009 -, e a redução da ordem de R$ 700 milhões da arrecadação por causa da postergação do recolhimento do Simples.

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