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Previdência: um meio de diversificar investimento

Com juro em baixa e benefício fiscal, plano vira poupança de longo prazo

Por Agência Estado
Atualização:

Os planos de previdência privada começam a ser vistos como forma de diversificação de investimentos. Em um cenário de juro em queda e com vantagem do benefício fiscal, colocar recursos em um PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) ou em VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) é uma opção vantajosa para a poupança de longo prazo.   O fato é que ambos os planos reduzem o IR a ser pago no investimento. No caso do PGBL, se o investidor acumular até 12% da renda anual, poderá reduzir esse valor de sua renda tributável.Para o superintendente do Itaú Vida e Previdência, Osvaldo Nascimento, uma pessoa atenta teria, inicialmente, 12% de sua renda em um PGBL. "Dessa forma, reduziria sua base de tributação automaticamente."   Para valores acima disso, e ainda para quem faz a declaração simplificada de IR, o ideal é a aplicação em VGBL. Nesse caso, o benefício fiscal é percebido na tributação do ganho. Enquanto os fundos de investimento descontam IR mensalmente, o ganho do VGBL é tributado apenas na hora do resgate.   Se a aplicação for de longo prazo, lembra Nascimento, o investidor poderá ainda optar pela tributação regressiva, que impõe alíquotas de 35% a 10%, de acordo com o período em que o dinheiro fica depositado. Quanto mais tempo, menor a alíquota.   "Quando os diferenciais são mostrados ao cliente, a previdência ganha perfil de diversificação", afirma o gerente-geral de Produtos de Previdência do Banco Santander, Leonardo Zavatini.   No caso dos planos de previdência, o diretor da Caixa Vida e Previdência, Juvêncio Braga, lembra que a diversificação mira, exclusivamente, um rendimento maior para os projetos de longo prazo. "Aqui não cabe especulação, é poupança mesmo."   O superintendente do Itaú diz ainda que existe o investidor de poder aquisitivo mais elevado que pensa na previdência como uma forma de transferência de patrimônio. "E há aqueles que buscam a previdência como um meio de garantir recursos para a saúde", afirma.   Com esse cenário, o superintendente comercial da Brasilprev, Marco Barros, avalia que o mercado passará por um período de amadurecimento. Segundo ele, a poupança de longo prazo vai se sofisticar com a introdução de novos conceitos, como os planos voltados para saúde, educação e, até mesmo, questões rurais. "O investidor está cada vez mais exigente e caberá ao setor dar as respostas."   O diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Marco Antonio Rossi, também vice-presidente da Fenaprevi, concorda. Segundo ele, o setor está em "fase de amadurecimento".

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