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Previsão para inflação deste ano recua e aproxima-se da meta

Com a perspectiva de inflação em queda, o mercado mantém a aposta de que os juros também vão continuar caindo.

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções para a inflação neste ano aproximaram-se ainda mais da meta definida pelo banco Central (BC), em 4,5%. De acordo com a pesquisa semanal do Banco Central, as projeções de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - índice usado como referência para a meta de inflação - deste ano recuaram de 4,64% para 4,59%. Trata-se da segunda queda consecutiva destas previsões, que estavam em 4,60% há quatro semanas. Para 2007, as previsões de IPCA continuaram estáveis em 4,50% pela 59º semana consecutiva, no centro da meta para o próximo ano. Em relação à inflação fechada do mês de fevereiro - que ainda não foi divulgada -, a pesquisa do BC apontou que as previsões de IPCA caíram de 0,46% para 0,45%. Há quatro semanas, estas expectativas estavam em 0,47%. Para este mês de março, as projeções de IPCA seguiram a mesma tendência de queda e recuaram de 0,32% para 0,30%. Em pesquisa feita há quatro semanas, as expectativas para inflação deste mês estavam em 0,33%. A pesquisa do BC também registrou uma queda das previsões de reajuste dos preços administrados no próximo ano de 4,20% para 4%. O porcentual é inferior aos 4,10% projetados há quatro semanas. Para este ano, as estimativas de reajuste dos preços administrados ficaram estáveis em 4,50% pela sexta semana consecutiva. Juros e câmbio em queda Com a perspectiva de inflação em queda, o mercado mantém a aposta de que os juros vão continuar caindo. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se para reavaliar a Selic, a taxa básica de juros da economia, atualmente em 17,25% ao ano. A pesquisa do BC aponta que a expectativa é por um corte de 0,75 ponto porcentual, o que levaria a taxa para 16,50% ao ano. Esta previsão já era apontada em semanas anteriores. A confiança na queda da inflação mexeu, contudo, com a expectativa para os juros no final do ano. As previsões recuaram de 14,75% para 14,50% ao ano. Esta foi a segunda queda seguida destas previsões, que estavam em 15% ao ano há quatro semanas. Em contrapartida, as expectativas de taxa média de juros para este ano aumentaram de 15,59% para 15,66% ao ano. Para o final de 2007, as estimativas de taxa de juros ficaram estáveis em 13,50% pela terceira semana consecutiva. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 13,63%. As expectativa de taxa média de juros para o próximo ano recuaram, ao mesmo tempo, de 14,10% para 14,01% ao ano. Esta foi a quinta queda seguida destas previsões, que estavam em 14,30% há quatro semanas. As projeções para a taxa de câmbio também recuaram - caíram de R$ 2,15 para R$ 2,14 no final deste mês. Esta foi a quinta queda seguida destas previsões, que estavam em R$ 2,29 há quatro semanas. Para o fim do ano, as previsões de taxa de câmbio seguiram a mesma tendência de queda e recuaram de R$ 2,30 para R$ 2,25. Há quatro semanas, estas previsões estavam em R$ 2,39. Já as projeções de mercado para a dívida líquida do setor público neste ano subiram de 50,45% para 50,50% do Produto Interno Bruto (PIB). Com o aumento, os participantes da pesquisa do BC anularam a queda ocorrida na pesquisa divulgada na segunda-feira da semana passada. Naquela ocasião, as estimativas de dívida líquida para este ano tinham recuado de 50,50% para 50,45% do PIB. Para 2007, as expectativas de mercado para a dívida líquida aumentaram de 48,80% para 48,85% do PIB.

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