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Previsão para o IBC-Br é de leve alta no 4º trimestre

Segundo os especialistas, o resultado poderá ser puxado em boa parte pelas vendas de varejo

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

Após concluírem que o resultado do PIB no terceiro trimestre deve ter sido fraco, especialmente após o recuo de 0,01% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de setembro ante agosto, economistas de consultorias e instituições financeiras passam a avaliar com mais atenção a tendência do nível de atividade no quarto trimestre. Segundo os especialistas, o cenário mais provável é que PIB tenha resultado levemente positivo no período, que poderá ser puxado em boa parte pelas vendas de varejo. Para a economista-chefe da consultoria Rosenberg, Thaís Zara, há uma perspectiva de vendas de Natal neste ano melhores do que em 2012, e isso deve estimular o nível de atividade. Por outro lado, ela espera que a produção industrial em outubro fique estável, e ligeiramente positiva em novembro e dezembro. "Neste contexto, é possível esperar que o PIB no quarto trimestre deve apresentar uma alta próxima de 0,5%." De acordo com Rafael Bacciotti, economista da consultoria Tendências, o PIB do quarto trimestre não deve ter evolução significativa. Na sua avaliação, um elemento importante que deve exercer influência sobre o ritmo do nível de atividade entre outubro e dezembro é o fraco desempenho do setor manufatureiro. Segundo ele, a produção industrial deve ter apresentado leve aumento de 0,1% em outubro, ante setembro, resultado bem inferior ao 0,7% de setembro sobre o mês anterior. "Um fator que deve colaborar para isso é a produção de automóveis. Com base em dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) dessazonalizados, a fabricação de veículos subiu 9,8% em setembro ante agosto, mas registrou retração de 8,4% em outubro em relação a setembro", disse Bacciotti. Nível. Para Alessandro del Drago, economista-chefe da Mauá Sekular Investimentos, mesmo com uma queda estimada de 0,35% para o PIB do terceiro trimestre em relação ao período anterior, ele não tem expectativas de forte recuperação no quarto trimestre. Ele estima que a atividade cresça apenas 0,1% no período final do ano. "As indicações que temos de produção industrial, especialmente do setor automobilístico em outubro, apontam formação de estoques que devem conter a fabricação de veículos também em novembro", destacou. "Isso não sugere uma recuperação intensa do PIB nesse último trimestre." Com suas previsões para o nível de atividade, ele acredita que o Brasil neste ano deve avançar entre 2,3% e 2,5%.

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