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Primário consolidado é de R$ 5,570 bilhões em julho

Por CÉLIA FROUFE E EDUARDO CUCOLO
Atualização:

O setor público consolidado registrou em julho R$ 5,570 bilhões de superávit primário, segundo informou nesta sexta-feira o Banco Central. O resultado ficou dentro do intervalo previsto após levantamento do AE Projeções, que estimava um primário do setor público consolidado entre R$ 4,2 bilhões e R$ 6,8 bilhões, e ligeiramente acima da mediana projetada, de R$ 5,4 bilhões.Segundo o BC, a maior parte do superávit primário do mês passado foi gerada pelo governo central, que terminou o período com saldo positivo de R$ 3,835 bilhões. Os governos regionais contribuíram com R$ 1,005 bilhão e as empresas estatais, com R$ 730 milhões.O BC informou ainda que, no acumulado de 2012 até julho, o superávit primário do setor público consolidado foi de R$ 71,229 bilhões, o equivalente a 2,83% do PIB. Em igual período de 2011, essa fatia estava em 3,11%. Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho, o superávit primário diminuiu para R$ 107,960 bilhões, o que representa 2,51% do PIB. Até junho, o primário somava R$ 116,180 bilhões, o equivalente a 2,71% do PIB.Dívida líquidaA dívida líquida do setor público recuou de 35,1% do PIB em junho, para 34,9% do PIB em julho. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 1,504 trilhão.Na comparação com dezembro do ano passado, a dívida líquida apresenta redução de 1,5 ponto porcentual do PIB. De acordo com o BC, o superávit primário no período contribuiu para uma redução de 1,7 ponto porcentual, enquanto o crescimento do PIB corrente ajudou a diminuir o endividamento em 1,4 ponto porcentual.A desvalorização cambial de 9,3% no acumulado do ano até julho deu contribuição de 1,4 ponto porcentual para a queda na relação dívida/PIB. No sentido contrário, a apropriação de juros elevou o endividamento em 3 pontos porcentuais do PIB no mesmo período.O BC informou ainda que a dívida bruta do governo geral subiu 57,2% do PIB em junho, para 57,6% do PIB em julho. A dívida bruta encerrou o mês passado em R$ 2,48 trilhões.Déficit nominalO setor público consolidado encerrou julho com déficit nominal de R$ 11,866 bilhões. Segundo o BC, o rombo nas contas públicas é maior do que o verificado em igual mês do ano passado, quando o saldo negativo foi de R$ 5,007 bilhões. O déficit nominal ocorre sempre que a economia realizada pelo governo para pagar os juros (superávit primário) é insuficiente para realizar o pagamento do período.Ainda de acordo com o BC, a maior parcela do déficit nominal do mês passado foi do governo central, que amargou saldo nominal negativo de R$ 7,537 bilhões. Entre os outros setores do poder público, os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 4,779 bilhões, enquanto as empresas estatais conseguiram um superávit nominal (sobra após o pagamento com juros) de R$ 450 milhões.No acumulado do ano até julho, o setor público registrou déficit nominal de R$ 57,234 bilhões, ou 2,27% do PIB. No mesmo período de 2011, o saldo negativo representava 1,98% do PIB. No acumulado dos últimos 12 meses até o mês passado, a conta havia ficado negativa em R$ 118,631 bilhões, ou 2,75% do PIB.Em doze meses até junho, o déficit nominal equivalente ao PIB era de 2,61%.Gasto com jurosOs gastos com juros do setor público consolidado cresceram de R$ 16,119 bilhões em junho para R$ 17,435 bilhões em julho. No acumulado do ano até julho, o gasto com juros soma R$ 128,462 bilhões (5,1% do PIB). Houve queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando essa despesa somava R$ 138,544 bilhões (5,89% do PIB).No acumulado em 12 meses, o gasto com juro do setor público recuou pelo quarto mês consecutivo em termos nominais e alcançou R$ 226,591 bilhões (5,26% do PIB).O BC informou que a elevação do gasto com juro na comparação entre junho e julho deste ano se deveu ao maior número de dias úteis do mês passado. Já a redução das despesas com juro no acumulado do ano foi influenciada pela trajetória de queda da taxa Selic e pela variação menor no IPCA, dois importantes indexadores da dívida.

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