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Primeira auditoria do FMI na Argentina começa hoje

Por Agencia Estado
Atualização:

A primeira auditoria do Fundo Monetário Internacional do atual acordo com o governo argentino terá início hoje. Ao mesmo tempo em que a missão estiver desembarcando em Buenos Aires, o ministro de Economia, Roberto Lavagna, estará com um olho posto no Congresso para negociar a aprovação de três leis tributarias exigidas pelas metas do acordo com o FMI. Encabeçada pelo encarregado do caso argentino, John Thornton, e o sub-diretor do Departamento Ocidental, John Dodsworth, a missão iniciará a revisão das contas fiscais mas exigirá a aprovação das leis. Uma fonte do Ministério de Economia informou que a estratégia do ministro é simples: assumirá que há dificuldades de um consenso no Congresso para a aprovar os projetos de lei mas que o mais importante é que "temos cumprido as metas fiscais e monetárias e os números recordes que registraram o Tesouro e a arrecadação em janeiro serão suficientes para que a missão fique satisfeita". Lavagna também contará com os pontos marcados pela assinatura das províncias de Buenos Aires, Chaco, Jujuy e Formosa, ao pacto fiscal de 2003, o que "significa que 61% do déficit fiscal provincial está sob acordo", disse o ministro completando que até houve um avanço que nem chegou a ser acordado com o FMI: o resgate dos bônus provinciais, as moedas paralelas. O resgate se fará com um empréstimo de 500 milhões de pesos a cinco províncias, cujos bônus vencem em 2003. A chegada da missão dará cumprimento ao cronograma previsto pelo acordo firmado em janeiro para que os resultados da revisão sejam analisados pela diretoria do FMI no dia 14 de março. O governo terá até essa data para aprovar os projetos de lei que eliminam as exceções do imposto de renda sobre o reintegro das exportações; converte o imposto às naftas a um porcentual fixo e firmam os acordos de pautas fiscais com as províncias. A equipe econômica também terá de revisar as projeções do câmbio e sofrerá um duro golpe na arrecadação com a correção da pauta cambial. Em janeiro, quando o acordo foi firmado, a projeção para o dólar era de 3,85 pesos, mas atualmente a média tem sido de 3,20 pesos.

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