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Primeira prévia do IGP-M de julho fica em 0,82%

Por Agencia Estado
Atualização:

Os reajustes nos preços administrados e a alta do dólar provocaram uma elevação no Índice Geral de Preços (IGP-M) de 0,82% na primeira prévia de julho, segundo divulgou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mesmo período de junho, a inflação medida pelo índice registrou variação de 0,68%. Apesar da alta, o economista da FGV, Paulo Sidney de Melo Cota, mantém a projeção de 1,5% para o indicador em julho, estável em relação aos 1,54% do mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) sofreu influência decisiva dos preços administrados e passou de uma variação de 0,16% na primeira prévia do mês passado para 0,51% na prévia de julho. Os aumentos de preços em telefone residencial (3,59%), plano seguro saúde (3,01%), gás de botijão (7,36%) e ônibus urbano (1,24%) contribuíram, sozinhos, para um impacto de 0,35 ponto porcentual no IPC na primeira prévia. Cota disse que a manutenção do Índice de Preço por Atacado (IPA) em níveis elevados (0,99% na primeira prévia de junho para 1,02% em julho) está diretamente relacionada à alta do dólar, com efeitos em produtos como soja (5,68%), óleo de soja refinado (11,65%), minério de cobre (18,40%) e vergalhões de cobre (10,16%). A alta no Índice de Custo da Construção Civil (INCC), de 0,26% na primeira prévia de junho para 0,53% na de julho, foi explicada pelos aumentos de mão-de-obra (0,69%), influenciados por dissídio em Porto Alegre. Segundo Cota, a taxa em julho deverá continuar pressionada pelos reajustes dos preços administrados - como telefonia, gás de bujão, planos de saúde, ônibus urbano e energia elétrica em São Paulo -; pelos aumentos nos preços dos produtos alimentícios, influenciados pela chegada do inverno e, ainda, pelos impactos do dólar no atacado. Ele acredita que os efeitos da alta da moeda norte-americana deverão continuar restritos ao atacado, já que os repasses para o consumidor "serão inibidos pelo problema da renda".

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