SÃO PAULO - A nova equipe econômica, com integrantes preparados e experientes no ministério da Fazenda e no Banco Central, gera boas expectativas para a gestão das políticas fiscal e monetária, comentou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado,Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e diretor da consultoria Tendências. "A prioridade na correção das contas públicas, que inclui a proposta de reforma da Previdência Social em 30 dias, é positiva e pode ajudar o BC a reduzir os juros no segundo semestre", comentou.
Na avaliação de Loyola, o ajuste fiscal deve ser gerado pelo corte de despesas e elevação temporária de receitas, especialmente porque a atividade está muito fraca e prejudica a arrecadação federal. "O governo poderá tentar eliminar desonerações tributárias e elevar a Cide combustíveis", destacou.
Ele vê certas dificuldades políticas para que o Poder Executivo proponha o retorno da CPMF. "Essa contribuição poderia até ajudar a solucionar as dívidas dos Estados. Mas talvez, no momento, para esta questão seria mais adequado uma pequena moratória, com pagamento pequeno de prestações."