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Concessão de rodovias não é invenção desse governo, ocorre desde FHC, diz Barbosa

O ministro do Planejamento disse que espera iniciar todos os projetos do Programa de Investimento em Logística até 2018

Por Victor Martins e Rachel Gamarski
Atualização:
Nelson Barbosa afirmou que é preciso ter taxa de retorno atraente para o setor privado nas concessões, mas em nível que o consumidor possa pagar Foto: Bruno Domingos/Reuters

BRASÍLIA - Em fala no Senado, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, voltou a fazer comparações entre os investimentos do governo Dilma Rousseff com gestões anteriores, inclusive a de Lula, padrinho político da presidente. Ele afirmou a parlamentares em audiência conjunta na Comissão de Infraestrutura e na Comissão de Meio Ambiente no Senado que o processo de concessão de rodovias não é invenção desse governo, ocorre desde o governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). Barbosa disse que espera iniciar todos os projetos do PIL até 2018. 

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"Nos últimos quatro anos foram concedidas mais rodovias que nos 16 anos anteriores", disse ao mostrar os senadores um slide com os investimentos em rodovias por ciclos presidenciais, separando os períodos de FHC, Lula e Dilma. 

Barbosa afirmou que é preciso ter taxa de retorno atraente para o setor privado nas concessões, mas em nível que o consumidor possa pagar. Ele argumentou que com o Programa de Investimento em Logística (PIL) o governo quer transformar demanda em investimentos e, para isso, tem sido buscado um diálogo com governadores para melhorar ao máximo possível a infraestrutura dos Estados, identificando o que realmente se faz necessário em cada região."Vamos adotar em todas as concessões o que estamos fazendo em todas as áreas da economia. A remuneração será compatível com o risco", afirmou. 

Mudanças. O ministro afirmou que são três as possibilidades de contrapartida do governo para investimentos em rodovias já concedidas. Segundo Barbosa, a primeira possibilidade é aumento de tarifa, de prazo ou pagamento, pelo governo, no fim da concessão. "São três possibilidades. Mais tarifa, mais prazo na concessão ou pagamento pelo governo no final da concessão. Nós queremos fazer com extensão de prazos", afirmou. 

Sobre as possibilidades, Barbosa disse que as rodovias estão sendo analisadas "caso a caso" e ressaltou a preferência do governo por extensão de prazos como contrapartida. O ministro também falou sobre a possibilidade de novas rodovias já concedidas aumentarem investimentos. De acordo com o Programa de Investimento em Logística (PIL) anunciado ontem, o governo espera um investimento de R$ 15,3 bilhões.Barbosa deu, como exemplo de rodovia já concedida que receberá mais investimentos, a BR 040, no Rio de Janeiro.

Em relação às ferrovias já concedidas e que esperarão mais investimento por parte das concessionárias, o ministro ressaltou que o governo espera R$ 16 bilhões de investimentos. Barbosa ressaltou que os investimentos serão feitos nas ampliações de capacidade de tráfego, novos pátios, redução de interferências urbanas, duplicações, construções de novos ramais, equipamento de via e de sinalização e ampliação da frota. 

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