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Processo de registro pode demorar até dois anos

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Além de passar a mensagem que o fabricante pretende dar ao carro, outro desafio é encontrar nomes passíveis de registro. Segundo Ana Cristina Puttini, da Interbrand, uma das principais empresas internacionais especializadas em marcas, há casos em que o processo de definição e aval leva dois anos. "Se for um produto global, é preciso pesquisar no mundo todo para saber se o nome é passível de registro pois milhões de marcas são depositadas todos os anos". Interessadas podem negociar com a empresa que já tem o registro para obter o direito a usá-lo ou comprá-lo. Por isso, a ação envolve as áreas jurídicas das companhias. Recentemente, a GM do Brasil foi consultada sobre a intenção de usar o nome Arena, registrado no Inpi desde 1997. A Volks pediu registro do mesmo nome em agosto de 2008. Ele é um dos cotados para batizar a picape substituta da Saveiro. Normalmente, o processo de escolha envolve sugestões de agências, de pessoas da empresa e consumidores. Numa primeira lista, a Interbrand chega a juntar 500 nomes, que depois vão sendo selecionados até sobrarem 10 para a decisão. A Interbrand internacional criou nomes como o Land Rover Discovery, Nissan XTerra, Fiat Punto, Ford Mondeo, Mitsubishi Eclipse e Renault Kangoo. Há receitas seguidas por todas as empresas, como a de que carro popular deve ter nome curto e de fácil gravação. Marcas de luxo usam nomenclaturas como A3, M5 e S 500. A ideia, no caso, é enaltecer a marca mãe e não o produto. Normalmente o dono diz ter um Audi, BMW ou um Mercedes-Benz, sem identificar o modelo.

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