PUBLICIDADE

Processos da Parmalat contra Bank of America são rejeitados

Por JONATHAN STEM
Atualização:

Um juiz federal de um tribunal de Manhattan, nos Estados Unidos, rejeitou três ações de fraude abertas pela Parmalat SpA contra o Bank of America e a empresa de auditoria Grant Thornton LLP referentes a suas participações no colapso da empresa italiana de laticínios. A decisão do juiz Lewis Kaplan desta sexta-feira representa um retrocesso para a Parmalat e para seu presidente-executivo Enrico Bondi, que entrou com diversos processos contra bancos e auditores, incluindo o Citigroup e o auditor Deloitte Touche Tohmatsu, por ajudarem antigos executivos da empresa a saquearem seus recursos. A Parmalat afirmou em comunicado que acredita que a decisão é errada, e que pretende apelar. Com cerca de 14 bilhões de euros (20,6 bilhões de dólares) em dívidas, a Parmalat entrou com pedido de proteção judicial na Itália em dezembro de 2003. Seu colapso ocorreu após a descoberta de um rombo de 4 bilhões de euros (5,9 bilhões de dólares) em seu balanço. A Parmalat passou então por um processo de reestruturação e se registrou novamente na bolsa de Milão em 2005, enquanto procuradores italianos entravam com processos criminais contra diversos executivos. Nos casos em questão, Bondi e a unidade da empresa, Parmalat Capital Finance, processaram a Grant Thornton, acusando-a de ajudar a criar uma transações falsas para que funcionários pudessem roubar da companhia. A Parmalat Capital fez alegações semelhantes em outra ação contra o Bank of America. Em decisão de 45 páginas, Kaplan afirma que executivos da Parmalat e da Parmalat Capital agiam dentro do alcance de seus cargos quando praticaram a "enorme fraude" que levou ao colapso da empresa. Ele rejeitou as alegações da Parmalat de que seus executivos, ao "saquearem e esbanjarem mesmo uma pequena parte dos ativos da empresa" já representariam uma exceção à regra, e permitir que a nova Parmalat se recuperasse dos erros da antiga Parmalat. (Reportagem adicional de Jo Winterbottom em Milão)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.