Publicidade

Procon: contrato de garantias ao turista

Já imaginou comprar um pacote de turismo para a lua-de-mel e descobrir que o hotel prometido não tem reservas? Informação errada, propaganda enganosa e outras queixas contra as agências de viagens fizeram surgir uma nova arma para o turista.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Procon de São Paulo está lançando, juntamente com três entidades ligadas ao turismo, a Ficha de Roteiro de Viagem, uma tentativa de padronizar e organizar os formulários utilizados em pacotes turísticos, para garantir o fornecimento de informações precisas sobre o que está sendo negociado. "O problema é que não existia nenhum tipo de norma para que todos os detalhes fossem apresentados, e muitas empresas ficavam perdidas sem saber como responder satisfatoriamente às dúvidas dos clientes", explica a técnica da área de Serviços do Procon-SP, Cláudia Ogata. Mais informações e menos dor de cabeça Para o Procon-SP, que recebeu nos primeiros seis meses do ano 144 reclamações sobre turismo, haveria menos queixas se as operadoras se comprometessem a oferecer mais informações. Além do lançamento da Ficha de Roteiro de Viagens, o Procon também criou uma cartilha para orientar os turistas em todos os procedimentos de viagem, com dicas e informações para que o passeio não acabe em decepção. A ficha e a cartilha foram elaboradas após dois anos de discussão com o Sindicato das Empresas de Turismo de São Paulo (Sindetur-SP), Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) e Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa). A idéia é modernizar o setor no País e facilitar a vida dos consumidores desse tipo de serviço. Negócio amador precisa melhorar "Turismo no Brasil sempre foi um negócio amador", concorda o presidente do Sindetur-SP, Eduardo Vampré do Nascimento. "Nós vendemos idéias abstratas e se não houver dados e contratos bem estruturados, com informações muito bem detalhadas, o consumidor corre um grande risco de ser enganado", reconhece. De acordo com Nascimento, até hoje a única informação que o turista recebia sobre o que seria a viagem vinha por meio de folhetos entregues nas agências e operadoras de turismo. Para ele, esse tipo de publicidade é muito precária e dá margem para que o vendedor crie uma idéia equivocada dos serviços.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.