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Procon: maioria desconhece cálculo da casa própria

Por AMANDA VALERI
Atualização:

A maioria dos mutuários não sabe como são calculadas as prestações de financiamento da casa própria. É o que constatou pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP. Segundo o levantamento, 78,35% dos consumidores afirmaram que não compreendem o mecanismo de cálculo. O questionário foi aplicado entre os dias 22 de outubro e 12 de novembro. Dos 231 entrevistados, apenas 50 confirmaram que conheciam o método de cálculo. No entanto, 66,67% responderam que encontraram informações completas quanto às taxas, tarifas e demais encargos de financiamento imobiliário junto às instituições e construtoras que oferecem crédito. Questionados sobre o alongamento no prazo de financiamento, 51,52% dos consumidores afirmaram que ele traz alguma desvantagem, e 26,41% negaram qualquer prejuízo. Para os técnicos do Procon-SP, de uma maneira geral, o consumidor tem procurado informações sobre financiamento imobiliário, mas existe uma parcela de empresas que não fornece informações completas. "Um fato preocupante é que o desconhecimento sobre a existência de outras modalidades de crédito ou sobre as ferramentas que lhe permitiriam fazer comparações entre essas modalidades impede que o consumidor exerça a plena liberdade de escolha", ressaltaram os técnicos, em comunicado. Segundo a pesquisa do Procon-SP, 45,89% dos entrevistados afirmaram que não se interessaram em outras linhas de crédito imobiliário. Facilidade O levantamento constatou também que para 52,38% dos consumidores, atualmente está mais fácil financiar a compra de um imóvel. Dos 121 consumidores entrevistados, 49 (40,50%) apontaram a maior facilidade de obter crédito através dos bancos e construtoras como o principal motivo da facilidade de financiar a aquisição da casa própria. Em seguida, com 26,45% das afirmações, elegeram a possibilidade de pagar parcelas menores. Para os consumidores que acharam que não está fácil financiar (33,77%), o principal motivo constatado pela pesquisa do Procon-SP foi as altas taxas de juros, que receberam 33,33% do total de votos. Em seguida, o excesso de burocracia foi votado por 25,64% dos entrevistados. "Apesar das taxas de juros terem caído, ainda se encontram em patamares altos, especialmente para os contratos longos, que prevêem parcelas fixas até o final", destacaram os técnicos.

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