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Procon reprova brinquedos barulhentos

O Procon-RJ analisou três produtos, o My Music Center, o Play "N" Learn e o Animals Carnival. Todos ultrapassam os 85 decibéis permitidos. Os testes indicaram que os brinquedos podem danificar o aparelho auditivo das crianças

Por Agencia Estado
Atualização:

O Procon do Rio de Janeiro, órgão de defesa do consumidor ligado ao governo estadual, reprovou os brinquedos que fazem barulhos acima do permitido. Os técnicos escolheram aleatoriamente o Animals Carnival (gorila), o Play "N"Learn (volante) e o My Music Center (teclado). Os produtos analisados são indicados para crianças com mais de três anos. Os resultados preliminares indicam que os três brinquedos ultrapassam os 85 decibéis permitidos e podem danificar o aparelho auditivo das crianças. De acordo com o coordenador do Procon (RJ), os médicos e os técnicos de segurança do trabalho consultados informaram que as crianças expostas aos ruídos por 20 minutos ao longo do dia ficam irritadas e com estresse. O mais grave, segundo o resultado das análises, é o risco de que a criança desenvolva problemas auditivos se brincar diariamente com o produto por um mês. O My Music Center atinge 105 decibéis e é mais barulhento. Depois vem o Play "N" Learn com 97,6 decibéis e o Animals Carnival com 92,6. "Um adulto exposto ao brinquedo por 30 minutos ao longo do dia tem problemas. Imagine o efeito nas crianças", disse o coordenador do Procon (RJ), Átila Nunes Neto. Para multar os estabelecimentos que vendem os produtos, os técnicos do Rio só estão esperando o resultado oficial do laudo que será feito por um laboratório do Estado e deve ficar pronto na primeira semana de janeiro. Com o resultado oficial, os técnicos querem retirar os produtos das lojas. A operação deve começar nos estabelecimentos do centro do Rio. O Procon também avisou a Polícia Federal. A desconfiança é de que os brinquedos sejam contrabandeados. O gorila e o volante não têm o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) e as instruções vêm em inglês. "No caso do teclado, o Inmetro, em uma primeira análise, acredita que o selo seja falsificado", disse Nunes Neto.

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