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Procura por crédito deve crescer neste ano

O cenário otimista para a economia brasileira, com a recuperação do emprego, a previsão da queda de juros e o crescimento do PIB contribuem para as boas expectativas das empresas de crédito em 2001.

Por Agencia Estado
Atualização:

A recuperação do emprego, a previsão de queda das taxas de juros e o crescimento do PIB, estimado em níveis superiores ao da inflação, devem aquecer a procura por crédito este ano, segundo previsão de financeiras, operadoras de cartões e associações do setor. As perspectivas têm como base também os bons resultados registrados em 2000 pelas empresas que atuam na área, de mais de 20% de movimentação acima da média do ano anterior. Segundo o presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento (Acrefi), Henrique Pereira Gomes, o quadro otimista deverá ainda contribuir para a queda da inadimplência e possível redução dos juros. "É preciso considerar que hoje o consumidor assume dívidas com muito mais responsabilidade, o comércio realmente faz liquidações e as financeiras estão revendo seus processos", diz. O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Informação, Verificação e Garantia de Cheques (Abracheque), João Montenegro, acrescenta que, diante deste cenário positivo, o consumidor está voltando a alongar seus prazos de pagamentos e aumentando o valor das compras que realiza. Levantamento da Abracheque mostra que em 1999 o gasto médio por operação com cheque era de R$ 45,00, contra R$ 50,00 em 2000. Empresas fazem projeções otimistas O diretor-executivo da financeira Losango, Leonel Andrade, concorda e prevê redução de 35% até o fim do ano nos juros da empresa para o crédito pessoal. A expectativa é de redução do índice de inadimplência, que foi de 9,8% em 2000 e 10,5% em 1999. Com isso, a Losango espera registrar crescimento de 50% na atuação no segmento de crédito pessoal e, de modo geral, crescer 20% em 2001 em relação ao ano passado. A meta para este ano é a mesma alcançada em 2000. As principais bandeiras de cartões de crédito em atuação no País também comemoram os bons resultados de 2000 e fazem projeções otimistas para este ano. A Mastercard registrou no ano passado faturamento 32% superior ao de 1999. Na Visa, o total de recursos movimentados - R$ 24,4 bilhões - teve incremento de 46% em 2000 na comparação com o ano anterior.

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