LONDRES - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) melhorou as previsões para a produção brasileira de petróleo e gás em 2014 e nos próximos anos. Estimativa divulgada nesta quinta-feira aponta que o País deverá elevar a produção diária em cerca de 200 mil barris e alcançará 2,3 milhões de barris/dia em 2014. Diferentemente do relatório anterior, a nova estimativa prevê pico na produção brasileira entre 2025 e 2030, quando o volume deverá alcançar cerca de 4,7 milhões de barris/dia. Depois desse período, haverá acomodação com ligeira queda dos volumes.
A nova edição do relatório anual "World Oil Outlook 2014" mostra que a Opep está ligeiramente mais otimista para as perspectivas da produção brasileira. Em 2014, a produção diária deverá crescer 9,5% na comparação com a média de 2013. A estimativa anterior da Opep era mais conservadora e previa que o Brasil terminaria o ano com produção média de 2,2 milhões de barris - 100 mil barris a menos que o citado nesta quinta-feira.
Para 2015, a produção nacional deve alcançar o equivalente a 2,5 milhões de barris/diários. Os volumes crescem gradualmente para 2,9 milhões de barris (2016), 3,2 milhões de barris (2017), 3,4 milhões de barris (2018) e terminam a década em 2019 com 3,8 milhões de barris - alta projetada de 80% na comparação com a produção do ano passado.
Na próxima década, a produção deve continuar subindo até 4,7 milhões de barris por dia em 2025. O mesmo volume médio é projetado para 2030. De acordo com o relatório anual da Opep, esse deverá ser o pico da produção brasileira no longo prazo. No estudo anterior divulgado em 2013, não havia expectativa desse pico e a Opep previa volumes crescentes para 3,6 milhões de barris/dia em 2020, 4,1 milhões de barris em 2025, 4,3 milhões de barris por dia em 2030 e 4,4 milhões de barris em 2035 - último ano da previsão anterior.
Os números mostram, portanto, que a Opep agora prevê que a produção brasileira crescerá mais rapidamente que o estimado no ano passado. Mas, ao contrário do cenário divulgado em 2013 a tendência de alta da produção deve alcançar o pico em algum momento entre 2025 e 2030. A partir daí, a produção deve cair ligeiramente cerca de 100 mil barris por dia até 2035 e outros 100 mil barris diários até 2040.